Apenas no último final de semana, quatro soldados, um cabo e um sargento foram expulsos pelo Comando Geral da Polícia Militar pela prática de diferentes delitos ou transgressões disciplinares. As seis demissões foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE), que circulou na última sexta-feira (04.09). Na Polícia Civil, 15 investigadores foram excluídos da instituição desde 2014.
Na lista da PM estão os soldados Renato Figueiredo Padilha, Tiago Alves da Silva, Elezito Noberto da Silva e Edenilson Joaquim Simões Hurtado, o cabo Lourival de Oliveira, e o sargento Waldir Francisco Goés. De acordo com publicação do DOE, Renato Padilha foi demitido por envolvimento em uma tentativa de furto a um caixa eletrônico de uma agência bancária, o dia 8 de agosto de 2012, na cidade de Alto Paraguai (220 km de Cuiabá). Na ocasião, três homens invadiram a agência e arrombaram dois caixas eletrônicos usando explosivos.
Porém, não conseguiram ter acesso ao compartimento onde o dinheiro fica armazenado. O PM ainda responde um processo criminal pela Segunda Vara de Diamantino. Já Tiago Alves foi preso por força de mandado de prisão preventiva por estar supostamente envolvido com tráfico de drogas. E Elizito Norberto foi demitido por infringir valores éticos, morais, deveres e obrigações militares. Ele trabalhava em Terra Nova do Norte.
Contra o cabo Oliveira pesou a acusação de ter atirado contra a médica Valéria Xavier, de 49 anos, em Guarantã do Norte (720 quilômetros da capital). A tentativa de homicídio ocorreu no dia 7 de setembro de 2012, dentro da Unidade de Saúde da Família (PSF), do bairro Santa Maria.
Também foram expulsos o 3º sargento Waldir Francisco Goés e o soldado Edenilson Joaquim Simões Hurtado. Na época dos fatos, em 2010, os dois eram lotados no Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Eles teriam se aproveitado da função de vigilância e controle sobre a faixa de fronteira entre o Brasil e Bolívia. Conforme a PM, os ex-policiais se aproveitaram da função de vigilância e controle sobre a faixa de fronteira entre o Brasil e a Bolívia para solicitar “vantagem indevida” aos sacoleiros e lojistas antes de permitir a passagem de produtos adquiridos na Bolívia para serem comercializados no Brasil, sem o recolhimento de taxas alfandegárias.
CIVIL – Desde 2104, 15 investigadores foram expulsos da Polícia Civil. Do total, cinco lotados em Cuiabá e quatro em Várzea Grande. O restante em municípios como Sinop, Querência, São José do Rio Claro, Alto Garças e Alto Taquari.
Na segunda-feira (07), a corregedoria cumpriu mandado de prisão contra o investigador, I.A.C, 50 anos, acusado de extorsão. O policial foi preso na cidade de Jangada (80 km de Cuiabá). Segundo a investigação, no mês de fevereiro de 2015, I.A.C e outros dois comparsas (não policiais), encapuzados, mas vestindo roupas de policiais, teriam invadido uma residência em Poconé, onde passaram a acusar os moradores de tráfico de drogas, exigindo dinheiro para não prendê-los. O dono da casa foi sequestrado e levado até a zona rural, de onde os bandidos mantinham contato com a esposa dele, exigindo que entregasse R$ 10 mil. A PM foi acionada e, quando os suspeitos retornavam a Poconé para receber o dinheiro, houve uma perseguição. Durante a fuga, o Toyota Corolla onde os sequestradores estavam perdeu o controle e foi abandonado na estrada do Porto Cercado. O carro foi identificado como pertencente ao policial.
Para evitar transgressões deste tipo, a Polícia Civil afirma que tem feito capacitações e fortalecido o controle interno, com a investigação de todas as denúncias feitas à Corregedoria pessoalmente ou pelo telefone (65) 3614-3130. (Com Assessoria/PJC)