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Eleições internas
Por por Wilson Fuá
14/10/2015 - 11:09

Foto: arquivo

Ao sentir a ausência dos sentimentos considerados inferiores, as pessoas passam a ter a transparência no entendimento da vida e deixamos de desviar o olhar para não encarar alguém que tenta aproximar-se; mas isso só acontecerá quando não houver mais necessidade de virar o rosto ou mudar de calçada por eleger alguém como indesejável, ou quando ainda por necessidade pessoal agir assim, é porque aquela raiva de um inimigo ainda está instalada no seu coração. O importante é saber que aquela pedra que você usava para jogar nas pessoas ficou obsoleta em suas mãos, porque não será mais arremessada, porque na sua vida, os atos foram trocados, substituindo o ato de armar, pela atitude de estar disponível para amar.
Enquanto não rompermos os modelos e os moldes pré-estabelecidos pelas influências sociais, não seremos receptivos ao inédito, pois só a partir daí, passamos a adotar o poder de renunciar e a manifestarmos de forma decisiva para sairmos da estreita fronteira onde somos aprisionados, desnudado, descalços e sem marcas. A grande sacada da vida é descobrir que existem muitos caminhos além das aparências visíveis, e aprender a viver verdadeiramente na humildade e entendendo que as pessoas nos representam o que elas são, se você não aceita o defeito dos outros, naturalmente as outras pessoas não são obrigadas a aceitar os seus, o importante é saber que para não participar de uma guerra, é necessário ficar longe dela.
Por outro lado, muitas pessoas entendem a vida como um embate, e ficam a preparando para vencer sempre, até entender que vencer é uma exceção, ficam a viver em busca de aplausos e mentalmente se vêem coroadas publicamente de louros, mas não estão preparadas para o outro lado da vida, pois nem sempre vencemos. 
Por isso, que na raridade das vitórias, ao atingirmos os nossos objetivos, devemos expor a força de esperança e que o nosso exemplo de superação se transforme em estímulo para novas tentativas para engrandecer a nossa natureza e entendermos que somos eternos aprendizes na escola da vida, pois a vitória vai além da superação de um objetivo e muito além do próprio vencedor.
Não estamos preparados para entender que o mal que vemos nos outros, muitas vezes estão em nós mesmo. Até entender que os combates da vida são internos, o importante é adotar uma vida composta com atos de humildade e saber desfrutar as bênçãos que recebemos por estar vivos e ao chegar ao fim do dia, poder estar com o coração aberto para sentir a alegria das boas ações.
Há momentos na vida em que reconhecemos cada significado do nosso existir, e quando isso acontecer é porque já está preparado para viver a suavidade da vida e sentir evolução da sua alma, mas as pessoas querem o oásis sem atravessar o deserto, e muitas vezes passamos por ele e não vemos, porque não há tempo para comemorar vitórias momentâneas, porque não temos a devida tolerância conosco mesmo, porque é muito simples e muito cansativo o reconhecimento do simples.
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. 
Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com

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