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Patrimônio Histórico:Governo recupera Palácio em Vila Bela
Por DC Ilustrado
26/01/2016 - 12:28

Foto: arquivo

O Governo de Mato Grosso, por meio das Secretarias de Estado de Cultura (SEC) e Cidades (Secid), está fazendo a manutenção do Palácio dos Capitães-Generais, localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade. O prédio, tombado como patrimônio histórico do Estado, será entregue à sociedade em março, no aniversário de 264 anos da cidade, quando a sede da administração estadual será transferida por um período de dois dias (18 e 19) para o município. 

O investimento nas obras de manutenção é de aproximadamente R$ 230 mil. A obra está sendo financiada pela Mineradora Apoena, localizada em Pontes e Lacerda. 

Um dos principais monumentos de Vila Bela, o Palácio dos Capitães-Generais foi sede do governo da província de Mato Grosso por 68 anos. Foi fundado em 1752 pelo governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura Tavares. 

“O Governo está trabalhando para recuperar o patrimônio histórico material do estado. O Palácio dos Capitães-Generais é um dos bens mais importantes de Mato Grosso, por ter sido sede da administração estadual e, por isso, o valor imensurável desta obra para a preservação da memória do Estado”, observa o secretário de Cultura, Leandro Carvalho. 

Fechado há três anos, o prédio chegou a abrigar o Museu Histórico e Arqueológico e a Secretaria Municipal de Cultura. Atualmente o museu funciona em um imóvel alugado no município e a Pasta em outro local. Após as obras, o Palácio dos Capitães-Generais volta a abrigar o Museu Histórico e Arqueológico Joaquim Marcelo Profeta da Cruz e a Secretaria de Cultura de Vila Bela. 

Por se tratar de um prédio histórico tombado, a manutenção tem acompanhamento técnico da SEC e é vistoriada pela Secid. De acordo com o técnico da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o arquiteto Robinson de Carvalho Araújo, a manutenção irá corrigir patologias adquiridas pelo desgaste ao longo dos anos, sem interferência na estrutura arquitetônica do prédio tombado. Entre os reparos estão infiltrações, goteiras, rebocos e pinturas deterioradas, esquadrias com problemas de funcionamento. 



“Além de resgatar a memória de Vila Bela, que foi a primeira capital de Mato Grosso, a obra deixa o legado cultural, que é o retorno do Museu e da Secretaria Municipal de Cultura para o local, e possibilita a ocupação do imóvel histórico”, destaca o arquiteto. 

Instituído por lei municipal em 2006, o Museu Histórico e Arqueológico Joaquim Marcelo Profeta da Cruz abriga um acervo com exposições permanente e temporária. A mostra permanente traz o tema “Vila Bela sem fronteiras”, com abordagem sobre a cultura indígena, obras sacras, heranças africanas e apresentação de sítios arqueológicos em territórios quilombolas da região. As exposições temporárias tratam da história da mineração, a vida em Vila Bela e a escravidão no século XVIII, além de um acervo arqueológico com artefatos indígenas, materiais e utensílios históricos. 

Criada em 1752 para proteger a fronteira do Estado, Vila Bela da Santíssima Trindade, foi tradicionalmente habitada por famílias de origem africana. Além de monumentos históricos como as Ruínas da Igreja Matriz e o Palácio dos Capitães-Generais, a cidade cultiva a tradição das festas populares, como a de São Benedito que integra as danças do Congo e do Chorado.

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