Subiu para 147 o número de casos suspeitos de microcefalia em Mato Grosso, apontou o segundo boletim da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A doença possui ligação direta com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. 

Conforme as informações, do total de casos, 110 estão sob investigação, entre eles, duas mortes. Outros 37 foram descartados. Os casos estão distribuídos por 52 municípios. 

Até o final do ano passado, foram registrados 6.439 casos de Zika. Já casos de microcefalia ligados à doença, foram 134 casos. 

Rondonópolis é a cidade com o maior número de casos, são 69 ao todo. Cáceres vem em segundo lugar, com 12 casos. Dos 37 que foram descartados, 36 são do município. Em seguida aparece Cuiabá, com cinco casos, entre outros. 

O descarte de casos é feito com base na reavaliação do perímetro cefálico. “Todos esses casos só foram descartados após uma reavaliação do recém-nascido, realizada pelo pediatra que acompanha a criança”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães. 

Foi lembrado, que o protocolo do Ministério da Saúde que visa à resposta de ocorrência de microcefalia, aponta que para um caso ser tratado como suspeito, precisa ter a medicação de 32,0 cm, sendo igual ou inferior esse valor. 

“A notificação dos casos suspeitos deve ser realizada de forma precoce, adequada e oportuna, principalmente por causa da relação da doença com o Zika Vírus. Essa notificação é fundamental para desencadear o processo de investigação e subsidiar as ações de atenção à saúde”, destacou. 

O Zika é transmitido pelo Aedes aegypti, que também é transmissor da dengue e da chikungunya. Evitar a proliferação do mosquito requer os mesmos cuidados tomados antes, principalmente no período de chuvas. 

“O Ministério da Saúde orienta as gestantes que mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico”, lembra a nota da SES-MT. As gestantes precisam ainda, adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros. 

“Não só em suas residências, proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes”. 

Na semana passada, a situação alarmante levou o Governo do Estado assinar um plano emergencial de combate e enfrentamento ao mosquito transmissor das doenças, que prevê o repasse de R$ 20 milhões, que serão divididos entre os 141 municípios.