Maldonado é eterno! Aparecem palavras de todos os sentidos para enautecê-lo. Professor fabuloso, gestor determinado, intelectual brilhante. Presenciou momento e fatos dos mais marcantes aos mais corriqueiros e tirou conhecimentos deles. Sabedoria genial e desapego desconsertante.
Sonhou uma grande universidade. Desenhou educação pública, viveu e fez cultura... Fez muito mais que tudo isso, mas nunca viu propósito em alardear seus feitos.
Qual o segredo, Maldonado,... Essas pessoas te admiram tanto! Que doce é esse?! -não sei, Guilherme. A resposta simples como as dos monges, sábia como as dos anciões e com sotaque como haveria de ser a de um pantaneiro. Audácia minha chamá-lo pelo nome; honra e orgulho meus ter sido chamado por ele pelo nome.
E quem sou eu neste momento? E o que importa minhas palavras diante da eternidade desse grande mestre? NADA!... Mas na minha essência em SER, desmoronou-se um pilar. E tudo que sustentava agora tem que flutuar. Ele fez eu querer ser além do que eu poderia, e sou. Maldonado é uma referência, mesmo que eu nunca tenha a vaidade em ser igual, pq isso é impossível.
Hoje a gente estampa o sorriso no rosto e agradece àquele que mudou nossas vidas. Mas não há condições para que esse sorriso saia sem que haja lágrimas: o coração está despedaçado. Mesmo diante da infinitude do tempo e imensidão do espaço, tivemos a glória de conviver e vivenciar o grande sábio. Perdê-lo é viver um fato marcante... Porém, também é ficar sem chão.
A partir de agora temos mais responsabilidade em nos tornarmos transformadores das vidas ao nosso redor. E assim se fará uma humanidade mais viva. Assim foi ele... Assim deve ser
Adeus, Carlos Alberto Reyes Maldonado. Obrigado.
por Guilherme Vargas, professor