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MT:Educação continua em greve
Por Aline Almeida
13/07/2016 - 08:18

Foto: Dinalte Miranda

Grande parte dos mais de 400 mil estudantes da rede estadual de ensino de Mato Grosso continuam sem aula. Isso porque os servidores da educação de Mato Grosso decidiram ontem, em assembleia geral pela manutenção da paralisação. A greve atinge quase 100% dos servidores em mais de 90% das 750 escolas da rede estadual de ensino. A decisão pela continuidade foi por unanimidade e deve seguir até que, conforme o Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), os profissionais tenham uma resposta concreta do governo. 

A paralisação iniciou no dia 31 de maio, juntamente com demais servidores estaduais pelo Reajuste Geral Anual. Contudo, a categoria foi uma das únicas a manter o movimento e não retomar os postos. Tanto que a paralisação completa hoje 44 dias. O presidente do sindicato, Henrique Lopes do Nascimento, afirmou que os servidores devem continuar acampados na Secretaria de Estado de Educação e que o calendário de atos deve ser mantido até que o Governo se manifeste. “Se houver resposta da Seduc, não tem razão para mantermos a greve. Mas se o governo não apresentar, vamos dar continuidade”, disse. 

Entre as pautas de reivindicações da categoria está o pagamento integral do reajuste anual dos salários. “O governo tem que apresentar uma proposta de recomposição de salários que dê conta, daqui para a próxima data-base, que ainda está em maio, que a categoria tenha integralizado o piso que lhe é de direito, pela Lei 510. Essa é a proposta que estamos apresentando para o Governo do Estado", disse Lopes. 

Os servidores pedem ainda um calendário para concursos públicos com posse no início do ano letivo. Importante frisar que atualmente dos 39 mil servidores da educação, 22 mil são contratados temporariamente. Os profissionais pedem ainda a suspensão total das Parcerias Público Privadas (PPPs) previstas em 76 escolas e 15 centros de formação. 

Na última semana, o Governo do Estado encaminhou documento aos servidores em que se compromete a realizar o concurso público. De acordo com o cronograma, o número de vagas e critérios de seleção serão definidos em 30 dias, o lançamento do edital está previsto para dezembro deste ano e a realização das provas em fevereiro de 2017. Mas a categoria pede prazos menores. 

A greve na educação iniciou no dia 31 de maio e, no final do mês de junho, o desembargador Juvenal Pereira da Silva, considerou a paralisação como sendo legal. 

Somente após o término do movimento paredista é que as escolas vão planejar, junto à comunidade escolar, um novo calendário para garantir os dias letivos aos alunos. 

A Secretaria de Educação afirmou que os estudantes são os que mais sofrem com a paralisação. Além do prejuízo no aprendizado, outros fatores podem prejudicá-los como o atraso na conclusão de curso até a perda de prazo de vestibulares e processos seletivos, no caso de estudantes do último ano. Além de que muitos estudantes nem conseguem ir a reposição de aulas por serem em dias e horários diferentes dos turnos freqüentados por eles. 

A Secretaria de Educação confirmou que vai aguardar a nova proposta que o Sintep vai protocolar na Seduc e só depois de analisar é que vai se pronunciar a respeito do assunto. 

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