Quando o assunto é Eleição o povo cacerense, principalmente os menos favorecidos em detrimento a má governabilidade persistente nesse município e em todo estado de Mato Grosso, afirma que não sabe, não opina acerca do seu candidato. É muito forte a apatia no rosto de cada cidadão cacerense.
A presente transparência na ausência de entusiasmo, no que se refere ao pleito em desenlace é gritante. A rejeição, fruto da decepção e o descaso com a própria cidade, em todos os segmentos, as promessas nunca cumpridas, colocam o eleitorado (grande maioria) na berlinda do voto NULO. E outros até comentam que viajarão e justificarão o voto. Existe de fato um repúdio ímpar no seio de uma população que muito tempo esperou melhoras e que não mais confia seu voto e prefere anular, branquear ou justificar, porque a crença na política local, de início se esgotou!
Em Cáceres há uma grande rejeição diante do quadro de candidatos, ela é apontada como a única opção, já que não há diversidades de candidatos. Nem a participação do povo na escolha e sim, uma imposição!
Como alternativa que indica maior certeza da escolha correta. A mira do eleitor se pauta no voto nulo. A tecla verde da urna eletrônica será a mais digitada em 02 de outubro próximo?
Sabemos que na urna eletrônica não existe a tecla NULO, mas o eleitor poderá digitar quantos zeros forem necessários e concluir com o botão quadrado de cor verde. Esse é o voto nulo. Em grande número apontará para novas eleições. Cabendo também para os votos em branco. Leiamos os esclarecimentos abaixo conforme o Tribunal Superior Eleitoral:
“... Primeiro é necessário dizer que o voto nulo, assim como o voto em branco, não é agregado ao candidato que possuir maior número de votos, como muitos pensam. Essa informação está disponível no “Código Eleitoral Anotado e Legislação Complementar”, organizado pelo TSE. O voto nulo equivale a não dar seu voto a nenhum candidato. O ato de anular o voto não anula a eleição, mas é a expressão de insatisfação em relação à política atual. No entanto a Legislação vigente desconsidera o voto nulo. Em outras palavras, a opinião de quem resolve negar os atuais candidatos, por quaisquer que sejam os motivos, é desprezada pelo sistema eleitoral. Supondo que a maioria dos cidadãos votem nulo, sendo os votos nulos desconsiderados, evidencia-se assim que a atual "liberdade democrática” não passa de uma farsa e que a opinião da maioria é sempre submetida aos interesses do Estado. Observa-se que a própria legislação eleitoral vai contra o que propõe a palavra democracia (demo = maioria; cracia = poder. Ou seja: poder da maioria), já que o interesse popular (que representa a maioria da população) só é atendido no momento em que não confronta o interesse Estatal (que representa a minoria da população). Sabendo que o Estado, desde a república do café com leite até hoje, é comandado pela elite brasileira, já é possível considerar quem toma as decisões e a quem beneficiam." Prosseguindo no parágrafo seguinte:
"A resposta para as mudanças sociais está muito além do voto. Seja ele nulo ou não, a verdadeira resposta para que as mudanças sociais sejam alcançadas com êxito – pela população e para a população – está na atitude das pessoas no seu cotidiano, na sua vivência com a sociedade e na negação da atual política imposta no país. E para que isso aconteça é extremamente necessário que você, leitor(a), deixe o comodismo e também deixe de aceitar o que a grande mídia impõe a você. Procure se informar sobre lutas sociais nas suas reais formas de ação e suas reais ideias e propostas. E, acima de tudo, olhe ao seu redor e observe as pessoas que estão ao seu lado, como se comportam na sociedade e como você se insere na mesma. Mudando a si mesmo(a) poderá também mudar a sociedade." (Código Eleitoral anotado e Legislação complementar- 10ª edição- Tribunal Superior Eleitoral. www.tse.jus.br/ legislação/ código-eleitoral em 13 de setembro de 2016 as 12:42h)
Em um momento de busca para se conquistar votos, tanto os candidatos para vereadores (número enorme) quanto os candidatos a prefeitos (minúsculo número), considerando o crivo do eleitorado estar se configurando também a tomada de atitude, em uma significativa rejeição, que por muitos soaram como de insatisfação, do não governar para o povo e sim para si (os políticos).
Acredito que as eleições do ano 2016 são de fato as mais severas para ambos os lados. Vou explicar!
Antes existiam verbas dos partidos. O candidato e o eleitor amparados por esse suporte econômico conseguiam via de regra somar o útil ao agradável (do ponto de vista da falta de esclarecimento): o eleitor vendia o voto e o candidato aguardava o seu sucesso nas urnas.
Diante de tantos entraves comprometedores de uma democracia plena, transparente, com fins de burlar a corrupção que se alastra e é perene não só no Brasil, como no mundo. Algumas regras foram agregadas às eleições, haja vista se saber que sempre existirão meios de se ultrapassar essas regras. São pérfidas estratégias que entram em ação na hora H. No último momento em que, em pleno sufoco pelo TER contrariando o SER, existam os que recorrerão a essas danosas e nefastas artimanhas... Mesmo comprometendo sua candidatura a um enorme risco em vê-la barrada, rechaçada e/ou impugnada deixando em seu entorno a mácula de um candidato desmerecedor do respeito e da ética por toda sua existência.
É o chamado: vale tudo que poderá esbarrar no NADA! Considerando o enorme grupo de olheiros." paparazzi" dos candidatos opostos, com fome por tentar obter em primeira mão algo aniquilador para o seu concorrente, que também quer o poder entre os poderosos. Todo cuidado é pouco!
Não me nortearei em analisar atitudes vis as quais possam trazer vitórias a candidatos. O que acredito é na luta corpo a corpo, uma batalha, que não está nascendo agora, em plena campanha, mas que é resultado comprovado de ações e experiências em serviços prestados à comunidade cacerense, e que estas ações benéficas possam se reverter num voto plausível e de confiança, que o eleitor possa contar sempre com o apoio daquele que ele escolher. Isso eu afirmo ser: votar consciente!
Num momento confuso, em que a própria campanha acontece semelhante a um velório porque não há derrame de dinheiro. Uma campanha em que cada eleitor é que vai doar apenas 10% de sua renda (os que podem é claro) na conta do candidato aberta para tais fins (doações). Essa regra soa de forma ruim nos ouvidos dos eleitores que querem vender seu voto. Eu novamente afirmo: o candidato, principalmente ao cargo de vereador se encontra em uma guerra, na qual ele tem mais chance de perder porque na cabeça do eleitor estar impregnada a constante venda de voto. É preciso conversar com o eleitor e conduzi-lo ao conhecimento do quanto seu voto não tem preço. É o: vv igual a voto valioso?
Um novo olhar nas eleições! Panorama Maravilhoso. Muita calma, sem barulho em nossos decibéis. Fantástico, apesar de nas poucas conversas que escutamos haver a repetição da frase: vou anular o meu voto para não me arrepender outra vez. Chega!
Que o eleitor analise nesses pouquíssimos dias que restam da campanha do silencio, do velório, da insatisfação, do descredito e por aí vão as tantas denominações. E veja se ainda existe a esperança de se construir dias melhores para Cáceres. Nadil Anne Ribeiro do grupo Pensador clareia minha memória com a frase:" na política é assim: dê dinheiro ao homem, se corrupto ele te apoiará cegamente. Dê livros, e ele será seu inimigo."
Na minha limitada experiência. E como! Consigo perceber, no momento de campanha, em quase todos os rostos dos cacerenses uma desesperança que vai ser demonstrada de forma inédita nas urnas. Pois ao que me parece votar nulo é mostrar o desejo sincero em não ser conivente ou mera palhaça desse circo enganoso”. “Quem do imundo tirará o puro (Jó 14:4)
Maria Aparecida Teixeira Campos de Oliveira
professora