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Entrevista com vereador eleito Wagner Barone
Por Assessoria de Imprensa da Câmara
25/10/2016 - 08:14

Foto: assessoria

“Entre as metas de Barone está a melhoria da Saúde para o grande DNER ”

A Assessoria de Comunicação da Câmara de Cáceres dá sequência na série de entrevistas com os vereadores eleitos e reeleitos no último dia 02 de outubro. Em forma de perguntas e respostas, os entrevistados falam de como foram suas campanhas, eleições e como pretendem atuar como vereadores que irão compor a nova gestão do Legislativo Municipal.
Não há uma ordem para as entrevistas, que obedecem apenas às oportunidades em que vão sendo feitas.
O entrevistado de hoje é o novo vereador Wagner Barone, eleito pela coligação PTN-PPS, com 782 votos. O nome dele de batismo é Wagner Sales Couto e tem 38 anos de idade, nascido em Cáceres e filho de cacerenses. O apelido “Barone” surgiu quando Wagner foi proprietário de uma lanchonete com este nome.

Ascom* – Quem é o vereador Wagner Barone?

Wagner – Sou um cacerense nascido na região do bairro DNER. Além de Barone, tenho outros apelidos. Em casa sou chamado de “Gordo”, alguns amigos do comércio me chamam de “Nestlé”, outros me chamam de “Neva”, a empresa que trabalhei, mas o mais conhecido é “Barone”, o que utilizei na campanha”, explica Wagner. Vi aquela comunidade crescer e se tornar o grande polo que é hoje. Comecei muito cedo a trabalhar e iniciei na Nestlé, como representante comercial aos 18 anos de idade. De 1996 a 2015, ocupei todos os cargos dentro da empresa, chegando a gerente do setor de lojista no ano passado, quando me demiti, após 19 anos, já visando um trabalho eleitoral em Cáceres.

Ascom – Como foi a trajetória da campanha?

Wagner – Muito difícil, por ser rápida e dinâmica. Percebe-se que os eleitos são pessoas que andaram, que possuíam simpatizantes. Foi um ano diferente e a questão financeira não foi o que prevaleceu.

Ascom – O segredo estava na “sola de sapato”?

Wagner – Sola de sapato e simpatizantes. A verdade é que tive muitos parentes e amigos envolvidos na campanha. Confesso que alguns trabalharam até mais que eu. Às sete da manhã já havia gente me ligando para cobrar se eu já estava no trecho. Eu fui arrastado por aqueles que me conheciam. Foi uma campanha de ‘base’, baseada na região do grande DNER [bairros]. Eles fizeram a campanha nossa, pois 60% dos votos que tive saíram de lá. Foi uma campanha da comunidade.

Ascom – O número de votos que teve é o que você esperava?

Wagner – Por ser uma campanha difícil foi o que eu esperava, pelo trabalho que a gente fez. Claro que todos esperavam um pouco mais, mas disputar uma eleição com 160 concorrentes, sem recursos financeiros, só com a ajuda de amigos e voluntários, colaboradores e simpatizantes, não é fácil. Por isso, foi um número expressivo, com certeza [782 votos].

Ascom – Como será sua conduta em relação à administração do município?

Wagner – Acredito muito no modelo de gestão do Francis [prefeito]. Acho que é um modelo que se aplica em outras cidades. Pelo fato de eu conhecer todo o Mato Grosso, posso dizer que muitas cidades desenvolvidas possuem o mesmo modelo aplicado em Cáceres. Porém, há falhas aqui, pela falta de sensibilidade ou pela falta de participação de alguns dos colabores do gestor executivo, ou até mesmo por faltar pessoas entre a comunidade que sejam “termômetros” para levar a realidade de Cáceres até o Executivo. Por isso, minha participação será ativa, de construção, com a postura de legislador e fiscalizador, para auxiliar. Eu quero ser esse “termômetro” lá nas comunidades para avaliar as medidas do Executivo, para medir até que ponto são boas em favor da comunidade.

Ascom – Qual a sua visão sobre a nova formação da Câmara de vereadores?

Wagner – Ainda não conheço todos, mas sei que são bons nomes, alguns de pessoas inteligentes, que vão somar. Sei que vários deles pensam como eu penso, que temos de mudar essa imagem de negatividade que construíram em cima do Legislativo de Cáceres. Em todas as eleições, a dificuldade de reeleição [de vereador] é muito grande, por causa desse desgaste que se cria. Então, penso que, juntos, vamos construir um Legislativo diferente. Não vamos ser oposição, mas temos que ser independentes, pois são dois Poderes independentes.

Ascom – E a eleição da Mesa Diretora, você é candidato?

Wagner – Candidatos à presidente, não. Não me sinto preparado, mas não sou covarde em relação à novos desafios. Vejo alguns nomes que podem nos representar. Precisamos de um presidente totalmente imparcial, que atenda a todos os vereadores, sendo um equilíbrio no peso da balança da convivência com o Executivo, visando a demanda da população.

Ascom – Como será sua atuação em relação a comunidades.

Wagner – Por eu conhecer as dificuldades que existem, neste primeiro momento vou focar atenção às pessoas do grande DNER, são 11 bairros, que, com o novo residencial, somam perto de 13 mil pessoas sem um mínimo de cobertura da Saúde. Estamos há seis meses sem um posto de saúde. Temos outras prioridades, como a Via dos Bandeirantes, que está se afunilando por falta de pavimentação. Há riscos iminentes de atropelamentos. A creche do DNER conta com apenas 300 vagas, para crianças de 2 a 5 anos. Isso é inconcebível! No decorrer do tempo irei conhecer as necessidades dos outros bairros e comunidades. Há outras regiões desamparadas sem representantes, como o Caramujo, Nova Cáceres, Sadia, região do Paiol, Limoeiro, que precisamos voltar os olhos e atender.

Ascom – O que Cáceres pode esperar do vereador Wagner Barone?

Wagner – Um vereador atuante. Vou estar de portas abertas, a todo momento, pessoalmente ou com uma assessoria à disposição de todos que nos procurarem.

Ascom – O que você diria para finalizar nossa entrevista?

Wagner – No dia da eleição, todos voltaram as atenções para a apuração dos votos. Todos puderam observar que até os 50% dos votos apurados, meu nome fixava na lista em primeiro lugar. Foi uma surpresa, pois a maioria esperava isso de alguém com nome mais conhecido. Mas não foi surpresa para as pessoas que me conheciam, em razão do meu trabalho nas comunidades. Muitos me diziam, durante a campanha, que eu estava eleito, o que sempre ouvi com precaução, pois o “já ganhou” é vizinho do “já perdeu”. Agradeço às 782 pessoas que em mim acreditaram, à minha família que muito me apoiou, à minha base eleitoral, bairros que formam o grande DNER e a todos os amigos. Os votos que tive não foram votos de estranhos, se eu não conheço, foram indicados por amigos.

 

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