Mato Grosso que já detém o maior preço médio de revenda para o botijão de gás, o GLP de 13 quilos, do país, deverá se manter no ranking nacional por mais algum tempo. A Petrobras informou ontem que o preço do gás de botijão deve sofrer reajustes e a alta está valendo desde o início deste mês. A correção será fruto de alterações de contratos com distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão e a Estatal, negociações que retiram subsídios na logística do produto. Ainda ontem, o produto adquirido na revenda, estava em torno de R$ 75 a R$ 80, em Cuiabá e Várzea Grande.
O Estado lidera o ranking de preços da ANP. O GLP com o preço médio mais barato do Brasil está em Pernambuco, R$ 50,18 e o segundo mais caro no Tocantins, R$ 69,64, ainda assim, R$ 8,03 mais barato que o encontrado em Mato Grosso.
Conforme a Petrobras, o botijão de 13 quilos, que é o padrão para uso residencial, deve ficar R$ 0,20 mais caro, em média. De acordo com a Petrobras, o aumento não deverá passar de R$ 0,70 por botijão em nenhum lugar do país. A alta sobre o GLP veio poucas semanas depois de a Estatal anunciar sua nova política de preços aos combustíveis que previa a redução de até R$ 0,05 para o litro da gasolina ‘C’ e do óleo diesel no valor de bomba, algo que ainda não se concretizou.
Para a Estatal o aumento ocorrerá porque os custos com a logística do produto, que eram cobertos pela estatal, serão repassados às distribuidoras. Ainda de acordo com a empresa, na prática isso significa uma redução dos subsídios às distribuidoras, como aconteceu há dois anos com os contratos de fornecimento de diesel e gasolina. A Petrobras explicou que o fim dos subsídios "é importante para evitar distorções".
Conforme o levantamento de preços realizado semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão em Mato Grosso encerrou a última semana de outubro com preço médio ao consumidor de R$ 77,67, sendo o preço mínimo registrado de R$ 60 e o máximo de R$ 90.