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“Esse modelo de ambulancioterapia tem que acabar”, diz deputado
Por ÉRIKA OLIVEIRA E DOUGLAS TRIELLI
30/10/2016 - 18:23

Foto: Marcus Mesquita/MidiaNews

O deputado estadual Leonardo Albuquerque (PSD), o Doutor Leonardo, chamou de “ambulancioterapia” o modelo de atendimento da saúde no Estado, que decorre, segundo ele, em função da falta de estrutura dos hospitais públicos.

 

O deputado explicou que, na maioria dos casos, o atendimento dos pacientes é realizado dentro das próprias ambulâncias, pois os hospitais não estariam dando conta de atender à população.

 

“O interior [municípios] não consegue segurar as suas equipes, as regionais não se organizam, o Estado em 2012 alterou a lei a qual diminui o repasse para a atenção básica, olha só a sequência de erros. O resultado é esse, o Pronto Socorro antigo não consegue atender a demanda de Cuiabá e da baixada cuiabana, quem dirá de todo o Estado”, declarou Doutor Leonardo.

 

Albuquerque observou que os hospitais regionais estão mal distribuídos e que as unidades “não atendem às necessidades da população” do Estado.

 

“Nossos pacientes estão sendo transportados com má qualidade e com maus equipamentos na grande maioria dos municípios”, destacou.

 

Para o deputado, é preciso fortalecer a Secretaria de Estado de Saúde e ampliar os hospitais de forma “estratégica”, para atende a toda a população.

 

“O segredo é fortalecer a Secretaria Estadual de Saúde, os hospitais regionais, ampliar os hospitais, não por apadrinhamento, porque eles estão mal distribuídos. É preciso investir melhor os nossos recursos” avaliou o deputado.

 

66 Ambulâncias

 

O Governo de Mato Grosso e a Assembleia Legislativa (AL-MT) entregaram, nesta semana, 66 ambulâncias a 66 municípios de Mato Grosso. Os veículos foram adquiridos com recursos devolvidos do Legislativo para o Executivo no ano de 2015.

 

Um dos municípios contemplados foi Gaúcha do Norte (595 km ao norte de Cuiabá). Os moradores, segundo prefeito Nilson Francisco Alessio, precisam se deslocar mais de 200 quilômetros para receber atendimento no Hospital Regional.

 

“O nosso município fica 240 quilômetros distante da nossa Regional, então a gente várias vezes tem uma dificuldade grande. Temos uma ambulância no município, mas ela não atende a demanda”, explicou Francisco Alessio.

 

A tese de “ambulancioterapia” do deputado Leonardo Albuquerque acabou sendo confirmada pelo presidente da AL-MT, deputado Guilherme Maluf, que disse durante o evento de entrega das ambulâncias que os veículos “podem ser convertidos em Centro de Terapia Intensivo (CTI)”.

 

Crise afeta hospitais regionais

 

No início do mês os profissionais dos hospitais regionais de Sorriso, Colíder e Rondonópolis denunciaram que o Governo não havia feito os repasses dos recursos referentes aos meses de abril de 2015, junho, julho e agosto de 2016.

 

Na época, o secretário de Estado de Saúde, João Batista Pereira da Silva, alegou, por meio de nota, que o Estado enfrenta uma das piores crises de sua história, mas que estava tomando medidas para a quitação dos débitos.

 

 

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