A imprensa tem desempenhado um papel fundamental no processo de depuração política que o Brasil vem passando, divulgando e repercutindo o processo de investigação denominado Lava Jato, da mesma forma como foi essencial na cobertura do processo do Mensalão. Essa foi a opinião do conselheiro presidente do TCE-MT Antonio Joaquim, expressa em debate com membros da Associação Luverdense de Imprensa (ALI), na sexta-feira, 9/12, em Lucas do Rio Verde.

Convidado pela diretoria da ALI para debater sobre os desafios da imprensa na fiscalização do poder público, ao final da assembleia geral de eleição dos seus novos dirigentes, o conselheiro convidou os associados da entidade a usarem o Tribunal de Contas como banco de informações sobre gestão pública. "Os Tribunais de Contas são imensos armazéns de informações, pois todos os órgãos públicos, obrigatoriamente, têm que lhes enviar balancetes mensais sobre a gestão de recursos públicos", disse.

O conselheiro Antonio Joaquim advogou a parceria da Imprensa com os Tribunais de Contas na perspectiva de serem instituições de controle. Para ele, da mesmo forma que o TCE e o Ministério Público atuam na condição de órgãos de controle externo, a Imprensa ocupa papel central na fiscalização. O melhor exemplo da Imprensa enquanto "olhos da nação", segundo Antonio Joaquim, tem sido o papel desempenhado na cobertura do processo Lava Jato. Sem a Imprensa esse processo não ganharia os contornos e as consequências, inclusive de transformação cultural, que vem alcançando. Para o presidente do TCE-MT, em certa medida, a Imprensa não tem deixado a investigação arrefecer, dando sustentação ao Ministério Público e ao juiz Sérgio Moro.