A jovem Monique Vieira, de 18 anos, está buscando ajuda para levar a filha Nayara Vieira, de apenas dois anos, para iniciar um tratamento no Hospital de Câncer de Barretos.
Nayara foi diagnosticada com hepatoblastoma embrionário (um tipo raro de câncer no fígado) há 11 meses.
Desde então a família luta contra a doença, mas apesar do tratamento que vinha sendo realizado no Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCan-MT), o tumor progrediu.
“No ano passado, de um dia para o outro, apareceu um nódulo na barriguinha dela. Ela não apresentava sintomas no início, mas alguns dias depois que a biopsia foi feita ela começou a sentir dores muito fortes. Ela gritava de tanta dor”, relembrou Monique.
Ao notarem o “caroço” que crescia na barriga da menina, Monique e o marido a levaram ao Pronto-Socorro de Várzea Grande. Lá o pediatra acreditou que Nayara tivesse hepatite B e determinou que ela fosse trazida para o Pronto-Socorro de Cuiabá (PSMC).
Na Capital, a equipe médica do PSMC que atendeu a criança percebeu, através de um exame de ultrassom, que o nódulo era na verdade um tumor cancerígeno.
A confirmação do hepatoblastoma só veio depois de quase um mês de peregrinação em hospitais.
“Enquanto a gente esperava para fazer a biopsia, a Nayara teve hemorragia e ficou muito mal. Como o resultado desse exame demora um tempo para ficar pronto, os médicos iniciaram um tratamento com quimioterapia, mesmo sem saber qual era o tipo do tumor”, disse a mãe.
Diagnóstico terminal
Após o diagnóstico do tipo de câncer de Nayara, os médicos do HCan-MT tentaram outros tipos de quimioterapia, desta vez mais agressivas. No entanto, todas as tentativas foram frustradas e a doença que se manifestou no fígado acabou se alastrando para o pulmão.
Recentemente, a médica que tratava Nayara em Cuiabá disse à família que a menina teria poucas chances de superar a doença.
Sensibilizada, a advogada Deise Rezende, que acompanha o caso da criança há alguns meses, decidiu apostar em todas as opções disponíveis de tratamento e resolveu, junto à família, buscar atendimento em Barretos (SP), com uma especialista no tipo de câncer de Nayara.
“Eu sou voluntária em ações com crianças com câncer e, quando conheci a Nayara, há uns três meses, me apaixonei por ela e decidi que ia ajudar a correr atrás das coisas para ela”, explicou.
Arquivo/MidiaNews
A pequena Nayara, ainda com os cabelos, quando iniciou o tratamento de quimioterapia
“A médica daqui nos disse que não há mais tratamento. Ela foi categórica ao dizer que a Nayara vai morrer. Mas eu acompanhei outros casos, que eram inclusive tratados por essa médica, em que ela disse que os pacientes não tinham mais jeito. E, quando foram para fora, conseguiram um tratamento melhor e estão vivos até hoje”, acrescentou.
Em resposta à solicitação, o Hospital de Câncer de Barretos pediu que fosse enviado um relatório assinado pela médica que tratava Nayara em Cuiabá, para saber se é realmente viável a sua ida.
“Quando eles souberam qual o tipo de câncer da Nayara, ficaram bastante interessados. Nós estamos muito confiantes e vamos tentar todas as alternativas”, disse a advogada.
Contribuições
O parecer do Hospital de Barretos deve chegar nos próximos dias, mas a família precisa de ajuda financeira para garantir a viagem.
O tratamento e a estadia de Nayara e da mãe em São Paulo são bancados pelo hospital, mas a passagem e outros gastos extras ficam por conta da família que, no momento, não tem condições sequer de comprar fraldas.
Monique é mãe também de um menino de 5 meses. Atualmente, ela está desempregada para se dedicar aos cuidados do caçula e da filha doente.
Muito humildes, ela e o marido moram em uma casa alugada na periferia de Várzea Grande.
Marcus Mesquita/MidiaNews
A advogada Deise Rezende: "Estamos muito confiantes e vamos tentar todas as alternativas"
“Uma pessoa que se solidarizou já pagou três meses de aluguel para eles, mas eles vivem de doações. Eles precisam de fraldas, de leite específico e até mesmo de alimentos”, conta Deise.
Por conta da doença, Nayara precisa tomar os suplementos nutricionais Nutrem, Sustagem e Insure. Ela utiliza fraldas do tamanho G, mas a família também aceita doações de fraldas e alimentos para o filho caçula.
Enquanto aguardam a resposta do hospital paulista, a pequena Nayara segue com um tratamento paliativo, que combate apenas os sintomas, mas não é capaz de conter o câncer.
A família aceita qualquer tipo de ajuda financeira, através da conta poupança da Caixa Econômica Federal 00046899-5, agência 2985, operação 013, CPF 064.915.951-96, em nome de Monique Justiniano Vieira.
As doações de fraldas e alimentos também são bem-vindas e podem ser entregues diretamente à família.
Para mais informações, basta ligar no telefone: (65) 98131-1222.