Sonho acalentado desde o século XIX, a Ferrovia Senador Vicente Vuolo obrigatoriamente vai passar por Cuiabá, antes de seguir para o Médio Norte e Nortão de Mato Grosso. O compromisso foi firmado pelo governador José Pedro Taques (PSDB) com o ministro Maurício Quintella Lessa (PR), dos Transportes.
“A chegada da ferrovia até Cuiabá, a partir de Rondonópolis, é uma certeza. E da Capital, seguindo para o médio norte do nosso Estado, será um salto de qualidade. É certo que a ferrovia, se for para o norte, tem que passar por Cuiabá”, proclamou Taques.
Alguns gigantes do agronegócio defendem que a Ferronorte siga de Rondonópolis para Lucas do Rio Verde e Sorriso, passando por Primavera do Leste – região com força na produção de grãos – e não por Cuiabá. São 231 quilômetros desde Rondonópolis até Cuiabá e o investimento atinge cifras estratosféricas.
Taques crê que está firmado o entendimento, no Ministério dos Transportes, de que é importante ter um equilíbrio dos três tipos de modais: rodovia, hidrovia e ferrovia. O ponto fraco da ferrovia é pela falta de versatilidade da malha. “A ferrovia não entra na fazenda para pegar cargas. Então o caminhão faz o papel de levar até os terminais”, pontuou.
Além da questão ferroviária, o governador também tratou da privatização dos aeroportos de Mato Grosso e lamentou que alguns críticos considerem que trata-se de uma operação para atender às elites. “O Estado tem interesse que a iniciativa privada assuma como prioridade os aeroportos de Cuiabá-Várzea Grande, Sinop, Barra do Garças, Cáceres e Tangará da Serra”, avaliou ele.
“A população precisa! Aeroporto não é só para rico andar de jato. Aeroporto serve para UTI aérea, retirar o paciente que não tem condições de ser tratado naquele hospital da cidade. Serve para salvar vidas”, afiançou o governador.