23 de Abril, Dia Internacional do Livro
Por Jovem de Rondonópolis já lançou o primeiro livro da trilogia (Foto: Reprodução/TVCA)
23/04/2012 - 15:18
“Preferi ganhar livros a chocolate”. A declaração é da estudante Laura Elizia Haubert, de 15 anos de idade, que tem dedicado a maior parte do seu tempo para escrever uma trilogia de ficção. Moradora da cidade de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, a adolescente lançou o primeiro livro da saga que leva o nome de ‘Calisto’ e confessou ao G1 que foi tudo escrito a mão.
A jovem escritora contou que, ao contrário de muitas adolescentes, não é adepta a computadores e que prefere a caneta. “Não gosto muito de ficar usando computador ou navegando pela internet. Prefiro a caneta e escrevo direto em cadernos. Me sinto mais à vontade”, pontuou.
Laura Elizia disse que a paixão pelos livros começou aos três anos de idade, quando preferia ganhar presentes que pudesse ler ao brincar ou escrever. "Trocava os chocolates e doces por livros". Ela contou também que na mesma idade foi alfabetizada em casa pela mãe e já aos cinco anos de idade começou a escrever. “O vício dela é a leitura. Desde os primeiros contos que ela escreveu, sempre achei muito bons. Incentivava ela a mandar para alguma editora”, declarou a mãe Neuza Haubert.
G1 MT
A jovem conta que o livro Calisto demorou praticamente cinco meses para ficar pronto. Segundo ela, trata-se de um livro sobre cinco cristais com poderes que vão tentar destruir o mundo. A saga conta com três personagens. Um deles é Draco, um herói que quer salvar a todos. Kali é uma elfa que faz tudo o que pode, mas não passa dos limites. E Lucas é um cavaleiro de dragões e aventureiro.
A escritora declarou que o segundo livro já está pronto e deverá ser lançado até o final deste ano. “Falta apenas ser editado”, pontuou. Quanto ao terceiro livro, Laura ressaltou que já escreveu mais de 100 páginas e deverá ser finalizado apenas em 2013.
“Eu mostrava para as minhas amigas e elas sempre elogiavam. Mas eu nunca achei que poderia escrever um livro. Porém, eu levei alguns textos para professores e eles me disseram que eu poderia investir porque as histórias eram boas”, explicou.
A jovem ainda avalia que, para ela, o mais difícil não é iniciar ou finalizar a história, mas sim conseguir desenvolver um bom enredo. “A minha dificuldade está no meio do livro, quando o contexto também precisa estar interessante e também por ter que finalizá-lo bem”, observou.
Estudante do terceiro ano do Ensino Médio e futura universitária do curso de direito, Laura contou que a inspiração pela ficção vem de livros de ficção, como o do autor Christopher Paolini e de algumas séries de televisão, além de gostar bastante de documentários.