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Familiares de Júnior Gonçalves fazem protesto pedindo justiça
Por Diário de Cáceres
11/07/2017 - 16:33

Foto: facebook

 Júnior foi morto pelo soldado da Polícia Militar Jonathan Ribeiro , na madrugada de 01/07

 

 

Familiares de Salvador Gonçalves Júnior, de 31 anos, morto na madrugada do dia 1º deste mês pelo soldado da Polícia Militar Jonathan Ribeiro, pedem justiça.  Ontem, eles realizaram uma manifestação pelas ruas de Cáceres, com faixas e cartazes, e fizeram uma ato em frente ao prédio do Ministério Público Estadual. Uma faixa foi afixada na grade da Faculdade do Pantanal (Fapan), onde Júnior cursava engenharia civil.)

Tio de Ana Paula Gonçaves, que é ex-mulher do PM, Júnior morreu vítima de um disparo de pistola que atingiu seu abdome. Socorrido por um irmão, ele chegou ao hospital já sem vida.   Informações apontam que o soldado agiu durante uma crise de ciúmes. Ana Paula chegou em casa com o tio e Jonathan chegou em seguida. Ela vinha do Kurral Sertanejo, onde estava com os tios Júnior e  Katerine (esposa de Júnior)

 Houve discussão e  o soldado e a vítima chegaram a rolar no chão, em luta corporal. Durante a confusão, foi ferida também uma tia de Ana Paula, a médica residente Fátima Gonçalves, que foi atingida na região da virilha e está fora de perigo. Ela é irmã de Junior. Ana Paula nada sofreu.

O fato ocorreu por volta das 3 horas da madrugada, em frente a residência da avó da vítima, no bairro Nova Era.

Familiares de Júnior procuraram o Diário de Cáceres e confirmaram a versão, porém afirmam que o PM, que não estava em serviço, chegou ao  local (a casa da avó de Ana Paula), logo após ela ter chegado. Júnior deixou a sobrinha e estava indo embora, quando em frente ao prédio do Cadeião, viu que o carro de Jonathan passou. Ele então voltou com a esposa. Chegando, a esposa desceu e foi falar com Jonathan, pedindo para que ele fosse embora. Ele desceu do carro e, ao abrir a porta, derrubou Katerine. Júnior então desceu e a discussão começou. A irmã de Júnior, Fátima, que foi baleada, saiu para separar os dois. Segundo ela, tentou segurar o irmão. “Jonathan é mais forte, então eu fui tentar segurar meu irmão. Jonathan continuava chamando Juninho ‘para a briga’ fazendo sinal com as mãos.  A uma distância de poucos metros, eu vi quando ele ergueu a camisa, sacou a arma e atirou. Meu irmão colocou as mãos na barriga e eu sai em busca de socorro, gritando. Ai percebi que também estava ferida. Quando éramos socorridos eu percebi que meu irmão estava em estado grave”.

Segundo a  família de Júnior, Ana Paula e o ex-companheiro tinham um relacionamento difícil.  “Ele era extremamente violento e batia nela. Meu marido só voltou com o carro porque Ana Paula havia dito a todos nós, da família, que havia uma medida protetiva contra ele. Mas era mentira. Ela foi fazer um registro de ocorrência contra ele, após uma das agressões, e desistiu, mas só soubemos disso, que era mentira, após a tragédia”- conta a viúva de Júnior, Katerine. O casal tem um filho de 9 anos. Ana Paula e Jonathan tem um filho de dois anos, que foi batizado por Júnior e Katerine.

A família se mostra inconformada porque o policial está solto. O advogado de Jonathan, Marcelo Horn, afirmou que a justiça decidiu pela Medida Cautelar, e não pela Prisão Preventiva. “Ele (Jonathan) está abalado psicologicamente, arrependido, e afirma que o único meio de defesa que viu, durante a briga, foi a arma. Estamos aguardando a conclusão do inquérito policial. Jonathan está afastado de suas funções na PM, e devido a medida judicial, não pode se ausentar da comarca e tem uma série de restrições a seguir. É importante frisar que ele foi ao local atendendo a um chamado da ex-esposa”- afirma o advogado.

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