Um investigador de policia civil, plantonista na 1DP, registrou um boletim de ocorrência sobre uma situação complicada que vem ocorrendo na delegacia, em virtude da demora no atendimento aos presos esperando a audiência de custódia. Segundo o investigador a situação agrava ainda mais porque os presos temporariamente no CISC não podem ser levados para a cadeia pública sem passar pela audiência de custódia, e em decorrência disso está ocorrendo uma superlotação na cadeia da delegacia (corró), causando transtorno a todos, principalmente aos presos.
"A audiência de custódia, que tem por objetivo garantir a integridade do custodiado (preso) pelo visto piorou a situação dos mesmos, em alguns casos estão esperando até 03 dias para serem levados para a audiência, isso tudo, sem tomar banho. E para os que não moram aqui à situação é pior ainda, pois não comem nada, se não fosse a solidariedade de alguns colegas de cela, e alguns investigadores de se comovem com a situação, com certeza passariam fome", segundo a denúncia.
Em conversa com o juiz responsável pela 3ª vara criminal da comarca de Cáceres, José Eduardo Mariano, o mesmo disse que tem conhecimento da situação e que tem feito de tudo para que o custodiado seja ouvido na audiência o mais rápido possível.
O magistrado lembrou ainda que no mês de agosto, o presidente do Tribunal de Justiça desembargador Rui Ramos, editou um ato que estabeleceu algumas regras que elas deveriam ser seguidas em todo o estado, uma delas é que os custodiados seriam ouvidos por vídeo conferência e como tem comarcas que funcionam em plantão regional nos finais de semana e assim sendo, as audiências seriam realizas por vídeo conferência e com isso os prazos que extrapolam é em virtude de não se ter um sistema apto para realizar tal conferência.
O juiz disse ainda que o poder judiciário está cumprindo seu papel e realizando as audiências de custódia em até 24 horas, o mais rápido possível para que se evite essa situação.