Integrante da base aliada do governo, na Assembleia Legislativa, o deputado Adriano Silva (PSB) denunciou o “desmonte” do Hospital Regional de Cáceres, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) que, segundo ele, está fazendo contratação de empresas para serviços médicos, sem nenhum parâmetro legal. Além disso, criticou o fechamento da Santa Casa de Pontes e Lacerda e do Hospital O Bom Samaritano, em Cáceres.
A denuncia e o desabafo do parlamentar sobre a situação caótica da saúde na região oeste do Estado foram feitos, na semana passada, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa. Na oportunidade, Adriano disse que levará requerimentos e denuncias, principalmente, sobre o desmonte do Hospital Regional, junto a Auditoria Pública e ao Ministério Público do Estado para que se faça a apuração.
“Sou da base do governo. Mas não vou ficar calado diante de uma situação como essa. Não podemos aceitar essa atitude. Trago vários requerimentos e denuncias que as levarei a Auditoria Pública e ao Ministério público para que se faça apuração”
A indignação do deputado foi direcionada, principalmente, ao secretário de Saúde o ex-deputado Luiz Soares, a quem classificou de pessoa “insensível, autoritária e intransigente” e que, segundo ele, se auto intitula “dono e todo poderoso” da saúde pública do Estado.
“Fico triste porque ele (Luiz Soares) que já foi, inclusive, deputado, tem uma vasta experiência política. Mas, é uma pessoa que não tem a sensibilidade de, pelo menos, ouvir as demandas da saúde pública do Estado. Se auto intitula o dono, o todo poderoso da saúde pública do Estado”.
E, acrescentou “entendo o momento difícil financeiramente que estamos vivendo. Entendo a complexidade da saúde pública do Estado. Mas, não consigo compreender o autoritarismo do secretário Luiz Soares. Os hospitais da nossa região estão sucateados. A Santa Casa de Pontes e Lacerda está fechada, sem atendimento, desde a semana passada. O Hospital O Bom Samaritano de Cáceres está fechado. Isso indigna qualquer um”.
Ele explicou que, a falta de atendimento pelo Hospital O Bom Samaritano, entidade que há mais de 40 anos presta atendimento de saúde, na especialidade de doenças de pele – hanseníase, principalmente – ocorre por falta da contratualização de apenas R$ 50 mil mensal. Para justificar o que classificou de desmonte do Hospital Regional, disse que a SES estaria realizando sem nenhum critério a contratação de empresa para serviços médicos sem parâmetro legal.