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Cáceres:médicos que não preencheram formulários de pacientes com conjuntivite sofrem advertência
Por Sinézio Alcântara
16/01/2018 - 11:21

Foto: Ilustrativa

Quinze médicos da rede pública municipal foram advertidos pelo secretário de saúde, Roger Alessandro Pereira, por negligência. Eles não vinham preenchendo, corretamente, os formulários com as informações necessárias, no caso dos atendimentos de pacientes com conjuntivite. Em razão da falha, a secretaria não tem como informar a estatística exata do número de pessoas que contraíram a infecção ocular em Cáceres.

“Hoje não temos como informar o número exato de pessoas que contraíram a conjuntivite em Cáceres porque os médicos, da rede pública municipal, ignoraram a portaria do Ministério da Saúde que preconiza ao profissional para que faça o preenchimento correto dos formulários” justificou o secretário, assinalando que, todos os profissionais que não preencheram o formulário sobre a doença tiveram que assinar a advertência.

Embora, não tenha uma estatística exata, diante da negligencia, estima-se que, pelo menos, 500 pessoas foram vítimas da doença no município. “Temos informações extraoficiais que só no Postão foram mais de 200 casos, em menos de 15 dias. Creio que, mais de 500 pessoas contraíram, a doença” explicou o secretário enfatizando que a decisão em advertir os médicos tem o respaldo do prefeito Francis Maris Cruz.

“O prefeito Francis Maris informatizou toda rede, exatamente, para facilitar o controle do trabalho. Mas, infelizmente, os médios ignoraram e hoje não temos essa estatística. O prefeito nos respaldou com essa decisão (advertência) porque também não gostou” disse.

O que é a conjuntivite?

Conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.

A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro. Costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão. A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica. Os vasos sanguíneos da esclera estão na conjuntiva e, quando inflamada, eles ficam com um aspecto avermelhado.

 

Vermelhidão e irritação dos olhos são os primeiros sintomas da conjuntivite. No verão, os casos do problema aumentam, principalmente por conta das variações dos termômetros e a proximidade entre as pessoas.

Automedicação pode agravar o problema

O ex-prefeito, médico oftalmologista, Masato Nakahara, explica que cada tipo de conjuntivite tem seus sintomas específicos. Explica que a viral causa inchaço nas pálpebras e forma uma membrana que deve ser tirada por um oftalmologista. Já a bacteriana, além de deixar os olhos inchados, apresenta secreção amarelada. A alérgica faz com que o paciente lacrimeje bastante.

Adverte para que ao surgirem os primeiros sintomas, os olhos devem ser lavados com água filtrada gelada, em vez usar água boricada ou colírios. Se o quadro inflamatório não melhorar, é preciso procurar um oftalmologista.

Diz que, um dos maiores problemas que temos é a automedicação. Por muitas vezes, o paciente usa um colírio que não é indicado para o tipo de conjuntivite dele. As complicações da automedicação são mais graves do que as da doença, como por exemplo, o aumento da pressão do olho.

Em outros casos, o paciente derrama a maior parte do colírio por não saber usá-lo. .Ele recomenda para que a pessoa, vire a cabeça para trás, pingue o colírio e permaneça na posição, por pelo menos, 30 segundo, para que o teor do medicamento adentre os olhos, e também para que, ao mudar de posição, não jogue fora parte do medicamento.

Faltou orientação

            Masato atribui a administração, através da Secretaria de Saúde, a responsabilidade pela epidemia da conjuntive em Cáceres. Segundo ele, a Secretaria de Saúde, deveria ter feito um trabalho educativo nas escolas, para que alertassem aos pais no sentido de não mandar os filhos, com sintomas da infecção, na escola. “Se fosse feito esse trabalho educativo, certamente, muitas crianças não teriam  contraído a doença”

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