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Crianças cruzam fronteira entre Brasil e Bolívia sem fiscalização, diz cônsul
Por Keka Werneck
26/02/2018 - 14:51

Foto: reprodução

Cônsul da Bolívia em Cáceres, Emílio Tamayo, afirma que não está havendo o devido controle de crianças que transitam na fronteira entre Brasil-Bolívia, nem do lado brasileiro e nem do lado boliviano.

Segundo ele, esta é uma preocupação antiga, com foco no tráfico de crianças, inclusive para adoção. Sem controle de documentos, ficaria fácil sair com elas do Brasil, pela Bolívia, seguindo para outros destinos.

Tamayo explica que no posto fronteiriço em Cáceres tem equipe do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), do Exército e da Receita Federal e também da Receita boliviana, porém não verificam, como deveriam, documentos de todos e atuam mais contra armas e tráfico de drogas.

Além disso, ainda segundo o cônsul, o posto é 93 quilômetros distante da fronteira de fato, região que é insegura.

Já em território boliviano, Tamayo diz que o problema é o mesmo e que em ambos a Polícia Federal e a Polícia Nacional boliana qualificadas para atuar contra o tráfico humano não atuam.

Destaca que a problemática foi exposta em encontro de autoridades ligadas ao tema realizado ano passado.

"Já solicitei muitas vezes às autoridades dos 2 países uma polícia de migração na fronteira mas ainda não fomos atendidos", ressalta.

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