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Secretário da prefeitura de Figueirópolis é processado por calúnia a jornalistas
Por Ulisses Marins - Popular Online
26/02/2018 - 18:58

Foto: arquivo

O Secretário de Administração do Município de Figueirópolis D‘Oeste, Azarias Silverio da Costa Neto, vulgo Costa Neto, foi acionado na justiça pelos jornalistas Ferreira Júnior e Tony Marcos. Na ação, os profissionais sustentam que após a divulgação de matéria que narrava fatos de interesse público, o secretário utilizou-se de rede social para atribuir a eles a prática de crime.


"Que sociedade é essa que permite que duas pessoas com esta índole continuem livres para a prática da extorsão? Isso só vem explicitar a atitude que paira sobre estes dois jornalistas que cobram pelo silêncio", afirmou em postagem no seu perfil do Facebook, que foi compartilhada a um número indiscriminado de pessoas.

A extorsão é crime descrito pelo Código Penal e, por afirmar terem os jornalistas praticado o delito, mesmo sabendo que o fato jamais ocorreu, o secretário infringiu o Artigo 138 da Lei n. 2848/40 que prevê como punição pena que varia do mínimo de seis meses ao máximo de dois anos de detenção.

"Qualquer veículo de imprensa só continua existindo se conquistar a confiança de seus leitores e as duas décadas de existência do Popular Online comprovam que fazemos um jornalismo sério. Jamais cobramos para deixar de divulgar o que quer que seja", afirmou Ferreira Júnior.

Além da pena de detenção, o secretário ainda poderá ser condenado a pagar a importância de até R$ 28.000 (vinte e oito mil reais) a cada jornalista a título de reparação por danos morais. Os processos serão julgados pelo juízo da comarca de Araputanga, onde foram registrados sob os números 1000036-98.2018.8.11.0038 e 1000037-83.2018.8.11.0038, respectivamente.

Na matéria veiculada no dia 07 de fevereiro de 2018, entre os fatos narrados está devolução de recursos destinados ao município, rejeição por unanimidade de projeto enviado à Câmara de Vereadores com aumento de 300% de IPTU e suspeita de plágio em Seletivo realizado pela Secretaria Municipal de Educação, que foi anulado por ato da administração após a divulgação.

 

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