Copa de 2014. É verdade que esse assunto já ficou repetitivo, chato, e, claro, triste, triste pelo tanto de dinheiro que jorrou na direção de bolsos e contas particulares, em detrimento das necessidades dos mato-grossenses nas mais diversas áreas do setor público.
Todavia, considero primordial continuar abordando esse tema, tratando das obras malfeitas e não concluídas e, principalmente, das medidas legais adotadas no sentido de punir criminalmente os responsáveis pelo roubo das verbas públicas.
Também não podemos nos esquecer que as punições privativas de liberdade devem ter como objetivo principal a retomada da fortuna que poderia ter sido revertida em melhorias no campo da mobilidade urbana e outras áreas.
Quatro anos depois, na véspera da abertura de uma nova edição da Copa do Mundo de Futebol, pensamos ainda mais nas mazelas de autoridades brasileiras em relação à Copa de 2014.
No que se refere a sede deste ano, a Rússia, não que seja um exemplo de gestão pública, não no modelo autocrata de Vladimir Putin, ao meu ver, mas lá, em que pese a pobreza não mostrada, pelo menos as obras foram concluídas.
Aqui, onde terminaram mal e porcamente uma ou outra, esta semana me deparei com uma situação que fez-me entender definitivamente que o Veículo Leve Sobre Trilhos(VLT) cuiabano não sairá do papel. Se é que estava no papel, que teve algum projeto, com exceção daquele arquitetado na mente dos corruptos.
No canteiro central da Avenida Tenente Coronel Duarte(Prainha), no trecho entre a Avenida Ipiranga e a Dom Bosco(Colégio São Gonçalo), a presença de trabalhadores da Prefeitura de Cuiabá plantando grama e refazendo a jardinagem chamou minha atenção.
O que essa iniciativa significa? Que em hipótese alguma teremos o VLT? Sim! É isso que penso. Nem mesmo os 15 quilômetros entre o Centro Político Administrativo(CPA) e o Aeroporto de Marechal Rondon, em Várzea Grande, os que seriam inaugurados primeiro, como anunciava o então (des)governador Silval Barbosa.
Nas avenidas Tenente-coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, ou seja, nos outros 7km, a jardinagem dos canteiros vem sendo refeitas desde 2016. E pensar que cortaram centenas de árvores e tantos transtornos causaram à população em nome do VLT quem venhamos, todos sabiam que seria uma ilusão, pretexto para prática de corrupção. Sapatearam na nossa cara! Até vagões compraram a mais, 8, pela bagatela de R$ 120 milhões.
ALECY ALVES, Jornalista e estudante de Serviço Social