A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), deflagrou na manhã desta sexta-feira (09.08), a operação Rentalis, com objetivo de combater uma associação criminosa especializada na subtração de veículos de empresas locadoras e no encaminhamento dos automóveis à Bolívia, bem como reprimir a lavagem de dinheiro e valores auferidos com as atividades ilícitas.
O cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra o grupo criminoso ocorre nas cidades Cáceres e na capital de São Paulo. Os investigados serão indiciados pelos crimes de furto qualificado, estelionato, receptação, associação criminosa, comunicação falsa de crime e lavagem de capitais, cujas penas máximas somadas podem chegar a 25 anos de reclusão.
Em Cáceres, a DERRFVA recebe o apoio da Delegacia Especializada de Fronteira da Polícia Civil (Defron) e em São Paulo (SP) as ações são realizadas de forma conjunta entre a DERRFVA e a 1ª Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas – DIVECAR do DEIC da Polícia Civil do Estado.
Ao todo são empregados 30 policiais civis na operação, entre delegados, escrivães, agentes, investigadores e analistas de Inteligência.
Segundo as investigações da DERRFVA, os agentes envolvidos firmavam contratos de locações de veículos junto a empresas do ramo, e após subtraírem os automóveis, conduziam os veículos para entrega a criminosos sediados na Bolívia. Em Mato Grosso, a maioria dos veículos furtados pelos criminosos seriam caminhonetes (ex.: Hilux, Amarok, etc.).
Em uma das ações da quadrilha, os envolvidos tentaram furtar um automóvel (Mercedez Bens) avaliado em R$ 150 mil reais, o qual seria levado para a Bolívia, mas foi recuperado a tempo na cidade de Cáceres. As investigações ainda apontam que a associação criminosa atuava nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Análises das provas obtidas até o momento pela DERRFVA apontam uma estimativa que os crimes cometidos pelos integrantes da associação podem ter gerado, somente no ano de 2019, um prejuízo aproximado de R$ 1 milhão de reais às vítimas.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão os agentes buscam apreender equipamentos eletrônicos que tenham provas sobre a prática dos crimes, bem como veículos e valores que estejam com os criminosos e possam ter sido obtidos por meio das atividades ilícitas desenvolvidas pelo grupo.
Os elementos de provas também serão compartilhados com outros órgãos policiais para verificar a participação dos investigados no tráfico internacional de drogas e/ou de armas de fogo.
Nome da Operação: Rentalis é o termo em latim que se refere a aluguel, e no contexto da operação deflagrada nesta data está relacionado ao fato das vítimas serem empresas do ramo de aluguel de veículos.