Infiltrações em paredes, deslocamento do revestimento cerâmico, foro solto e trintas com espessuras excessivas, levaram a Defesa Civil Municipal, a interditar, parcialmente, a escola municipal de ensino infantil, Frei Grignion, no bairro da Cavalhada. No local estudam cerca de 300 crianças na faixa etária de 2 a 5 anos, nos períodos matutino e vespertino.
A interdição, de acordo com a coordenadora da Defesa Civil, Arinéia Graciela Ardaia foi necessária para não colocar em risco a integridade dos alunos e funcionários da escola. Pareceres técnicos de engenheiros da prefeitura recomendam reparos urgentes na estrutura do prédio devido as “patologias críticas com risco de colapso na edificação”.
A escola está em funcionamento a pouco mais de três anos. Ela foi inaugurada no dia 17 de maio de 2016. Embora o prédio seja antigo, toda a estrutura foi renovada em ampliada. Os engenheiros da prefeitura recomendaram um estudo técnico feito por um geólogo. O objetivo é saber a condição do solo antes de dar início aos trabalhos de recuperação do prédio.
Assim que informada sobre a interdição, a secretária de Educação, Luzinete Jesus de Oliveira Tolomeu, providenciou o remanejamento dos alunos para uma ala da escola que, de acordo com os técnicos, não foi afetada. “Tomamos as providências imediatas. Fizemos o remanejamento dos alunos para um lugar seguro da escola, para evitar maiores transtornos”.
A secretária disse ainda que, mesmo com a segurança da ala, para onde os alunos foram remanejados, a secretaria está providenciando outro prédio para que todos os alunos saiam da escola. “Os alunos irão permanecer nas salas onde há segurança até no final do ano letivo. A partir do próximo ano, serão transferidos para outra escola”.
Cratera no CEOM
A escola Frei Grignion é a segunda interditada pela Defesa Civil municipal por problemas estruturais, em menos de um ano, em Cáceres. No dia 9 de maio o aparecimento de uma cratera de cerca de cinco metros de diâmetro no meio de uma sala da Escola Estadual Onze de Março (CEOM) levou o órgão a tomar a mesma decisão.
Á época um relatório técnico realizado por engenheiros da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) constatou que o piso do prédio apresentava rachaduras e que isso pode ter levado ao incidente. Os alunos foram remanejados para outras escolas. Embora, os representantes do governo garantiram a reforma do prédio, até hoje, depois de 6 meses, nada foi feito.