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​Pressionados,vereadores trancam pauta até prefeitura resolver situação dos guardas
Por Jornal Oeste/Sinézio Alcântara
26/11/2019 - 13:10

Foto: Thiago de Lucas

De férias no Estados Unidos, o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), deixou uma bomba no colo da vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSDB).
 
Pressionados por 300 guardas, os vereadores trancam pauta até o município resolver a situação da categoria.
 
Com isso, a autorização do empréstimo de R$ 286 milhões para o saneamento básico não pode ser votada.
 
Sem saída para o problema dos guardas municipais, a Câmara Municipal resolveu radicalizar com a administração.
 
Tiraram todos os projetos da prefeitura da pauta, e já disseram que só votam os projetos do executivo, inclusive o milionário financiamento do esgoto, depois de resolvidos os horários dos guardas, incluindo o retorno do pagamento dos adicionais noturnos e hora-extras.
 
A decisão surpreendeu até os guardas, que estavam presentes e disseram que iriam para todas as sessões a fim de mostrar foça. Funcionou. Acuados, os vereadores resolveram ceder ao clamor popular e tomar uma atitude.
 
Depois da votação tumultuada da noite de sábado (23), os vereadores governistas viram que a oposição iria continuar pressionando por uma lei para os guardas.
 
Além do financiamento milionário, ainda havia a escolha dos membros da comissão processante do ‘caso da ‘rachadinha’, que também não foi votado.
 
A mesa diretora há dias está desgastada.
 

Guardas das escolas da rede municipal serão substituídos por seguranças armados em Cáceres


Guardas noturnos das escolas da rede municipal serão substituídos por seguranças armados.  A prefeitura, através da Secretaria de Educação, já está viabilizando a contratação de uma empresa de segurança para a prestação dos trabalhos. Essa foi à alternativa encontrada pelo prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) para solucionar o problema dos guardas que reivindicavam o pagamento integral das horas extras e o Descanso Semanal Remunerado (DSR) na escala 12 por 35 horas

“Não temos outra alternativa. Com a revogação do decreto, vamos contratar uma empresa de segurança para prestar os serviços” afirmou o prefeito lembrando ainda que todos os servidores concursados para outras funções, que estão trabalhando como guarda terão que retornar às suas atribuições de origem

A contratação da empresa, antecipada na semana passada, ao Jornal Expressão, pelo prefeito, foi confirmada nesta segunda-feira pela secretária Luzinete Tolomeu. Em comunicado aos diretores de escolas ela disse que, os guardas só irão trabalhar no período diurno e não mais na escola de 12 por 36 horas como vinha sendo feito.


A decisão irá afetar cerca de 200 servidores concursados de outras áreas que estão como guarda e 150 guardas concursados para este cargo. Ao todo, são cerca de 350 servidores/guardas afetados.


A medida é interpretada pelos vereadores que defendem a manutenção do da escala como uma retaliação da administração. E, isso ficou comprovado, na semana passada, durante a derrubada do decreto do prefeito, pelo vereador Wagner Barone (PTN) ao dizer que “os servidores irão chorar lágrima de sangue” por contrariar a administração.

“Essa medida é descabida e desarrazoada. O prefeito prefere prejudicar 350 pais de família na cidade para contratar uma empresa de fora, que vai fazer monitoramento sabe-se lá de onde, ou colocar terceirizados nos postos de guarda. É claro que nenhuma empresa vai conseguir prestar esse serviço com custo menor do que hoje é a complementação salarial dos guardas” frisa vereador Cesare Pastorello (SD)

No entendimento do vereador, essa decisão passa muito longe de uma administração profissional e ética, como se esperava da gestão Francis. O salário base de um guarda, explica ele, é de menos de 700 reais por mês e acrescentou “muitos passarão fome”.

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