Guardas noturnos das escolas da rede municipal serão substituídos por seguranças armados. A prefeitura, através da Secretaria de Educação, já está viabilizando a contratação de uma empresa de segurança para a prestação dos trabalhos. Essa foi à alternativa encontrada pelo prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) para solucionar o problema dos guardas que reivindicavam o pagamento integral das horas extras e o Descanso Semanal Remunerado (DSR) na escala 12 por 35 horas
“Não temos outra alternativa. Com a revogação do decreto, vamos contratar uma empresa de segurança para prestar os serviços” afirmou o prefeito lembrando ainda que todos os servidores concursados para outras funções, que estão trabalhando como guarda terão que retornar às suas atribuições de origem
A contratação da empresa, antecipada na semana passada, ao Jornal Expressão, pelo prefeito, foi confirmada nesta segunda-feira pela secretária Luzinete Tolomeu. Em comunicado aos diretores de escolas ela disse que, os guardas só irão trabalhar no período diurno e não mais na escola de 12 por 36 horas como vinha sendo feito.
A decisão irá afetar cerca de 200 servidores concursados de outras áreas que estão como guarda e 150 guardas concursados para este cargo. Ao todo, são cerca de 350 servidores/guardas afetados.
A medida é interpretada pelos vereadores que defendem a manutenção do da escala como uma retaliação da administração. E, isso ficou comprovado, na semana passada, durante a derrubada do decreto do prefeito, pelo vereador Wagner Barone (PTN) ao dizer que “os servidores irão chorar lágrima de sangue” por contrariar a administração.
“Essa medida é descabida e desarrazoada. O prefeito prefere prejudicar 350 pais de família na cidade para contratar uma empresa de fora, que vai fazer monitoramento sabe-se lá de onde, ou colocar terceirizados nos postos de guarda. É claro que nenhuma empresa vai conseguir prestar esse serviço com custo menor do que hoje é a complementação salarial dos guardas” frisa vereador Cesare Pastorello (SD)
No entendimento do vereador, essa decisão passa muito longe de uma administração profissional e ética, como se esperava da gestão Francis. O salário base de um guarda, explica ele, é de menos de 700 reais por mês e acrescentou “muitos passarão fome”.