Uma equipe de pesquisadores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) desenvolveu uma pesquisa para produzir um pequi sem espinhos. Segundo a coordenadora da equipe, Elainy Botelho, será possível comer o pequi tranquilamente, sem se preocupar com espinhos, daqui dois anos.
Além disso, segundo ela, o fruto sem o espinho se assemelha ao tradicional tanto na cor quanto no sabor. “Apesar da variabilidade, o fruto tem as mesmas características do pequi com espinhos. Ele é alaranjado, tem a polpa grossa e o sabor levemente doce”, conta a coordenadora.
Segundo Elainy, o estudo começou após um produtor ter uma muda da planta de pequi sem espinhos em sua fazenda, em Cocalinho, no Mato Grosso. “O produtor descobriu o pequi sem espinhos e até tentou reproduzi-lo, mas não conseguiu. Lá fomos nós, na propriedade dele, e fizemos um clone da planta do pequi com o uso da técnica de enxertia. A planta foi multiplicada, e está sendo estudada e acompanhada”, diz Elainy.
Antes de começar a comercializar as mudas, é necessário ainda estudar e acompanhar o desenvolvimento da planta. Os pesquisadores avaliam questões de produção, resistência a pragas, tipos de adubação e espaçamento do plantio. "O produtor precisa saber se vale a pena investir, se vale a pena comercializar, é necessário passar por avaliações do mercado, seja em relação a quanto o produtor quer plantar, quantas caixas uma planta produz e quanto de dinheiro será ganho", ressalta Elainy.
O Centro de Treinamento da Emater, em Goiânia, possui mais de 500 pés de pequi sem espinho, que estão sendo estudados e avaliados para serem comercializados.