Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Cemitério São João Batista está praticamente abandonado; secretário garante reforma
Por Sinézio Alcântara
02/03/2020 - 16:21

Foto: arquivo

O cemitério São João Batista, em Cáceres, um dos mais antigos do Estado está, literalmente, abandonado. Situado na Avenida Sete de Setembro, ao lado do batalhão da Polícia Militar, a estrutura centenárias dá sinais de que pode ruir a qualquer momento. A pequena casa de alvenaria, na entrada do “campo santo” que antes servia de necrotério está com as paredes rachadas e o teto danificado, prestes a desabar.

O muro, de pouco mais de um metro e meio de altura – sabe-se lá construído a quanto tempo e que nunca foi reformado – que separa o espaço do cemitério da Avenida Sete de Setembro e da Rua Marechal Deodoro, também apresenta rachaduras. Sem contar com a superlotação. Em várias partes, as sepulturas estão coladas uma das outras o que impossibilita o acesso de visitantes e entes queridos ao local.

Muitos jazigos estão danificados, tanto pela ação do tempo, como pelo descaso de familiares, assim como do poder público. Com apenas dois servidores responsáveis pelos trabalhos, o cemitério não dispõe de mínima segurança. Nos fundos, muitas sepulturas estão quebradas e um espaço cercado serve de ponto para rituais macabros, principalmente, “despachos de macumba”.

Leia mais:   SES registra outros cinco casos suspeitos de coronavírus em MT
Não se tem noticia de quando foi realizada reforma no local. Responsável pelo cemitério, há 32 anos, o servidor da prefeitura Ademir Resende Santiago diz que, secretários de obras de várias administrações prometeram, mas os trabalhos nunca passaram de promessas. Não se sabe, ao certo, quantos anos, exatamente, tem o cemitério e tampouco o número de pessoas ali sepultadas.

Algumas pesquisas afirmam que o São João Batista foi construído em meados do século XIX. Por volta do ano de 1880. Contudo, uma pesquisa realizada pelo Jornal Expressão, localizou a lápide de “Nilpha Deluque” sepultada em 7 de fevereiro de 1824. O que contraria os estudos. E, além da descoberta da reportagem, o administrador do cemitério assegura que existe um sepultamento datado de 1821. O que comprovaria que o cemitério tem 199 anos.

O número exato de pessoas sepultadas no São João Batista também é uma incógnita. Um trabalho realizado pela assessoria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) diz que, uma contagem realizada por servidores da administração municipal, em 2017, apontou para mais de 4 mil sepulturas. No entanto, não há como se comprovar.

Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Infraestrutura e Logística, Wesley de Souza Lopes afirmou que, o setor de engenharia e arquitetura da secretaria já está elaborando um projeto de reforma tanto do muro que está prestes a desabar quanto a sala de entrada do local, onde funcionava o antigo necrotério.

 

Diz que “na fachada do muro, além da reforma, iremos fazer uma revitalização com paisagismo, grama na calçada e plantação de palmeiras, a fim de melhorar a estética”. A ideia, conforme o secretário será iniciar os trabalhos nos próximos meses. Wesley explicou que, na parte interna do cemitério, onde as sepulturas estão danificadas, secretaria não terá como trabalhar porque elas são de responsabilidade dos familiares.

Carregando comentarios...

Artigos

Cuidado...

21/02/2020 - 09:26
Artigos

Termo de Exclusão do Simples Nacional

21/02/2020 - 09:08