em citar quais seriam os medicamentos usados, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que está em estudo por uma comissão de médicos o tratamento farmacológico com kits de medicamentos para serem usados na primeira fase da Covid-19, em Cuiabá.
A medida foi anunciada após reunião com o governador Mauro Mendes nessa segunda (15), quando os gestores discutiram a crise de saúde e firmaram acordos.
No mesmo sentido, o prefeito de Cáceres, Francis Maris (MDB), disse em entrevista ao que “há consenso na classe médica do município de que o uso de alguns medicamentos, como a cloroquina, podem ajudar a evitar que os casos se agravem e as pessoas precisem de UTI”.
Francis ainda citou que, além da cloroquina, podem ser distribuídos dois outros medicamentos: o antibiótico azitromicina e a ivermectina, usada para tratar infestação por parasitas, como vermes e piolhos. Ele ainda pretende discutir a distribuição dos kits junto de outros 23 prefeitos de municípios no entorno de Cáceres.
A secretaria estadual de Saúde anunciou alterações no protocolo de atendimento a pacientes isolados em casa e enfermarias de hospitais. Os primeiros sintomas, ainda que leves, devem ser acompanhados.
Quanto à indicação para uso dos medicamentos, o secretário Gilberto Figueiredo já chegou a classificar como "absurdo” a distribuição de kit com cloroquina e antibióticos. Mas ainda não houve uma confirmação oficial se a SES vai aderir á distribuição dos kits.
EUA suspende uso de cloroquina para tratar Covid
O anúncio vem no mesmo dia em que o FDA, correspondente à Anvisa no EUA, suspendeu o uso da cloroquina para tratar Covid e doou mais de 2 milhões de doses ao Brasil. "Com base na sua análise contínua e dados científicos emergentes, o FDA determinou que a cloroquina e a hidroxicloroquina têm pouca probabilidade de serem eficazes no tratamento da Covid-19 para os usos autorizados nos EUA", afirma documento da FDA assinado por autoridades estadunidenses.
O uso da droga no tratamento da Covid-19 foi considerado um dos motivos da saída de dois ministros da Saúde, Luiz Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos, que discordaram de Bolsonaro sobre o tema. Recentemente, o ministério da Saúde alterou o protocolo do uso do medicamento e expandiu a sua aplicação.