Baixo volume de água no rio Paraguai não irá influenciar no fim do período da Piracema
Por Sinézio Alcântara
19/01/2021 - 15:31
O baixo volume de água no rio Paraguai, em Cáceres, em razão do longo período de estiagem verificado em toda região ano passado, não irá influenciar no fim do período de Defeso da Piracema, em Mato Grosso, previsto para o dia 31 de janeiro. A informação é do diretor da unidade da Sema, no município Luiz Sérgio Garcia.
“Existe um calendário pré-definido pelo Conselho Estadual da Pesca, que determina o fim da Piracema no dia 31 de janeiro. Portanto, até no momento, não há nenhuma definição no sentido de prorrogar esse período, independente da altura do rio Paraguai” assinalou informando que “mesmo com o período de rio seco as espécies já desovaram”.
A decisão sobre o período de defeso de 1º de outubro de 2020 a 31 de janeiro de 2021 foi estabelecida pelo Conselho Estadual de Pesca (Cepesca).
Ainda no ano passado, o Pleno da Cepesca decidiu, por unanimidade, manter a mesma data dos últimos anos nos rios das Bacias Hidrográficas do Paraguai, Amazonas e Tocantins-Araguaia com base nos estudos de Monitoramento Reprodutivo dos Peixes de Interesse Pesqueiro no estado.
Embora não haja nenhuma orientação ou estudo no sentido do prorrogar o período de defeso nos rios de Mato Grosso, a única preocupação, conforme o diretor da unidade da Sema de Cáceres, é em relação a pandemia do coronavirus.
“Há preocupação com relação a pandemia do coronavirus. Não sabemos se haverá o desejo de turistas se deslocarem dos grandes centros, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro entre outros virem pescar no Pantanal. Pelo menos, os piloteiros da região, não estão dispostos a trabalhar com pessoas vindas dos locais onde há grande índice de infectados pelo Covid-19”.
O rio Paraguai, assim como os demais da Região Amazônica, está com nível de água inferior que aos anos anteriores. Na manhã desta terça-feira (19/01), o nível de água é de 1.58 metros. Subiu 14 centímetros em relação ao dia anterior, diante das fortes chuvas dos últimos três dias. Mesmo assim, no ano passado, no mesmo dia, media 2.51 metros, 93 centímetros a menos.