Seis policiais militares (cinco praças e um oficial) estão sendo ouvidos presencialmente hoje (29) na sede do 6° Batalhão da Polícia Militar, em Cáceres. Todos eles foram indiciados pelo desaparecimento do pedreiro Rubson Faria dos Santos, ocorrido há oito meses.
Os depoimentos estão sendo colhidos desde a parte da manhã e devem ser concluídos no final da tarde.
Os seis policiais foram indiciados a revelia pela Polícia Civil de Cáceres, que encerrou o inquérito no final do mês passado e encaminhou para o Ministério Público.
O seis foram denunciados, no inquérito, por invasão de domicílio sem ordem judicial, abuso de autoridade, tortura (na frente do filho da vítima de 12 anos), cárcere privado, sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
A Corregedoria da Polícia Militar, em Mato Grosso, requereu celeridade no caso, ante a enorme repercussão que o fato ganhou em todo estado.
O " Caso Rubson " se tornou um dos maiores escândalos dentro da PM de Cáceres, daí o empenho dos comandantes em elucidar os fatos o mais rápido possível.
Um primo do pedreiro revelou que já perdeu a esperança de localizar os restos mortais da vítima . Contudo, disse que confia nas autoridades policiais militares, para que esse fato não manche a maioria da instituição, que está apurando às circunstâncias do crime.
Ele disse que a família está tentando agendar uma audiência com o governador do estado e a Corregedoria do Ministério Público em Mato Grosso, para breve, com o objetivo de pedir agilidade no caso. " É um absurdo esperar quase dez meses para concluir um inquérito e agora aguardar mais não se sabe quanto, para que o MP denuncie e o Judiciário faça sua parte decretando a prisão dos culpados. Iremos a Corregedoria do Ministério Público sim", disse o primo da vítima.(Com informações de João Arruda)