Presos de Araputanga passarão a fazer o próprio uniforme a partir de setembro deste ano após participarem de curso de corte e costura por meio do projeto "Novos Caminhos". Ao todo, 15 reeducandos serão responsáveis pela tarefa e garantirão com isso remição da pena.
A ação é resultado da parceria entre Estado, Município, sociedade civil organizada e a Defensoria Pública. Atualmente, a cadeia abriga 92 presos.
O defensor que atua na comarca de Araputanga, Carlos Gobati, informou que o curso técnico foi viabilizado pelo diretor da cadeia, Paulo Cesar Neves, junto à Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação (Secitec).
O material a ser usado na confecção das peças será doado pelo Conselho da Comunidade, entidade civil da qual a Defensoria Pública faz parte e o município, providenciou o equipamento de trabalho.
“Em conversa com a prefeitura de Araputanga conseguimos cessão de 10 máquinas de costura para serem usadas nesse projeto, que tem uma professora que ministra aulas, tanto teóricas quanto práticas, na unidade prisional”, afirma o defensor.
Gobati informa que participou de uma reunião na quarta-feira (10) no local, ocasião em que ouviu os presos que atende. “Eles disseram que é uma possibilidade de ter uma ressocialização de fato, ao deixaram o local, pois com o curso, terão uma formação técnica para atuar no mercado de trabalho”.
O projeto teve início no dia 7 de junho de 2022, com carga horária de 160 horas aula. E além do insumo, tecidos, linhas e agulhas que serão fornecidos para o projeto, o Conselho da Comunidade também fornece um lanche quando os presos têm as aulas.
Elzenir Moreira Correa, popularmente conhecida por Néia costureira, é a professora do curso. (Nota da redação)