Com rebanho atual de 34,3 milhões de animais, Mato Grosso mantém-se na liderança nacional de maior rebanho bovino do país. E, consequentemente, o município de Cáceres ocupa o 1º lugar no ranking de maior criador do Estado com 1.270.871 animais.
É o que aponta levantamento realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuário do Estado (Indea), a partir de cruzamento com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O crescimento em 2022 foi de 4,66%, em comparação com 2021.
Com esse quantitativo, Mato Grosso detém 14,80% do rebanho bovino nacional. Com 3,7 milhões de pessoas, o Estado tem cerca de nove bovinos por habitante. Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Juína e Alta Floresta aparecem no estudo como os municípios mato-grossenses com maior quantidade de animais. Juntos, eles cinco concentram 5,1 milhões de bovinos.
Em relação ao número de propriedades com criação de bovinos, Cáceres figura em segundo lugar, com 3.244, perdendo para Colniza. Em terceiro lugar aparecem Juína, Nova Bandeirantes e Alta Floresta.
Além de maior rebanho do Estado e consequentemente do país, de acordo com o presidente eleito do Sindicato Rural de Cáceres (SRC), Aury Paulo Rodrigues, o município se destaca também como o maior exportador de genética da raça Nelore.
As maiores propriedades exportadoras, conforme o líder sindical, são a Fazenda Ressaca, do Grupo Grendene, a L.C Agropecuária, a Fazenda Camparino e a Fazenda Cometa do Pantanal, do Grupo Cometa. Junto esses produtores exportam, anualmente, cerca de 5 mil cabeças.
FEBRE AFTOSA
Em novembro de 2022, um total de 33,5 milhões de bovinos e bubalinos foram vacinados contra febre aftosa em Mato Grosso. A quantidade corresponde a 99,66% do rebanho a ser vacinado no Estado.
Nessa etapa, foi obrigatória a vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades, nos estabelecimentos rurais de todas as regiões do Estado, exceto na Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, localizada na região Noroeste de Mato Grosso, que compreende o município de Rondolândia em sua totalidade e parte dos municípios de Comodoro, Juína, Aripuanã e Colniza.
Em 2023, Mato Grosso não precisará mais vacinar o rebanho contra a febre aftosa. A última ocorrência da doença foi registrada em 1996, ou seja, há 27 anos. Como resultado do controle rigoroso da sanidade animal, o Estado recebeu autorização do Mapa para suspender a vacinação e segue tomando providências para receber a certificação com livre sem vacinação.
Em maio deste ano, os produtores rurais de Mato Grosso devem declarar o rebanho ao Indea, tanto de bovinos quanto das outras espécies animais criadas nos estabelecimentos rurais.