Francis leva ao governador a realidade de Cáceres: R$ 20 milhões em dívidas
Por Diário de Cáceres
23/01/2013 - 09:42
A Prefeitura de Cáceres teve ontem a energia elétrica de um posto de saúde cortada. A dívida com a Cemat (sem contar parcelamentos antigos), é de R$ 1 milhão 850 mil, herança da administração anterior. No 'testamento', a atual administração herdou ainda:
-dívida de 450 mil reais com a empresa de limpeza de ruas
-dívida de 650 mil com a empresa de caminhões coletores de lixo doméstico e hospitalar
-dívida de 1 milhão e 850 mil reais com o Consórcio Municipal de Saúde, dívida está já ajuizada e com processo em tramitação
-restante da folha de dezembro para pagar
-valores de empréstimos consignados descontados da folha de novembro e não repassados à instituição financeira
As cifras já ultrapassam 20 milhões de reais em "restos a pagar".
Além disso, uma cidade suja, com ruas esburacadas, canais de escoamento sem a limpeza necessária, semáforos quebrados,postos de saúde e pronto socorro sem medicamentos.
A receita mensal do município é de pouco mais de 6 milhões de reais, e a folha de dezembro é de 5 milhões. Soma-se a isso os 320 mil reais de duodécimo da Câmara de Vereadores, repassados a cada dia 20.
Foi esta a realidade exposta claramente ao governador Silval Barbosa, na segunda-feira, 21, pelo prefeito Francis Maris Cruz, ambos do PMDB, durante a primeira audiência que o prefeito de Cáceres teve com o governo.
Além de informar ao governador a situação do município, Francis levou uma lista de reivindicações, onde constam pedidos como: ônibus escolares (para diminuir o gasto com locação; óleo diesel, emulsão asfáltica (são necessárias, com urgência, 50 toneladas); medicamentos.
Na audiência o prefeito e o governador falaram também sobre a implantação da Zona de Processamento de Exportação de Mato Grosso em Cáceres. Segundo Francis, o governador se mostrou sensível diante da situação caótica na qual se encontra o município. Sobre a ZPE, Silval Barbosa garantiu investimentos. O próximo passo são obras estruturais, como o prédio da alfândega, instalação de rede de água e energia elétrica, abertura e asfaltamento de ruas -obras iniciais necessárias que possibilitam a instalação de empresas e início de funcionamento da ZPE.