Além do benefício, o garoto passou a estudar, a receber atendimento especializado e a ter mais qualidade de vida
O pequeno Luiz Fernando, de 07 anos, autista, morador do Três Barras, em Cuiabá (MT), agora está estudando, tendo acompanhamento multidisciplinar no CAPS e também está recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estabelecido pela Lei n. 8.742, de 7.12.1993 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS). Tudo isso foi possível por meio de uma ação social realizada por um grupo de voluntariado denominado Ressignifica Pro Bem, que completa três anos neste mês de julho.
Tudo começou quando o Ressignifica convidou a advogada Talissa Nunes, especialista em Direito Previdenciário, para fazer uma palestra durante ação social no Jardim Videira. “Minha amiga assistiu à palestra e me disse para procurar a Dra. Talissa porque ela poderia me ajudar a conseguir um benefício para o Luiz”, conta a avó do garoto, Maria Conceição da Silva.
A especialista conta que inicialmente não havia um diagnóstico fechado sobre a saúde do Luiz, que apesar da idade ainda não falava, não estudava, não tinha assistência profissional e apresentava muita dificuldade para dormir. “Conseguimos marcar uma consulta no Caps, onde ele foi atendido por neurologista e psicólogo e foi confirmado o diagnóstico do autismo”, relata a advogada.
Dra. Talissa, então, deu entrada a um requerimento do Benefício de Prestação Continuada em novembro de 2022 para Luiz e que foi concedido em seguida. O BPC, explica a advogada, é concedido ao idoso de 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência, desde que comprovem, renda por pessoa do grupo familiar, seja igual ou menor que 1/4 do salário-mínimo. Para pessoas com deficiência será necessário comprovar impedimento de longo prazo, situação que deverá ser comprovada em perícia médica, como o é o caso do Luiz Fernando.
“O INSS pagou o retroativo e agora ele vai receber mensalmente um salário mínimo. Estou muito feliz de ter proporcionado essa conquista para ele e para sua mãe, o que foi possível por meio do Ressignifica Pro Bem”, completa a advogada, que faz palestras gratuitas durante as ações do projeto.
Maria Conceição conta que ele está sendo atendido no Caps, está fazendo fisioterapia, está estudando e muito mais comunicativo. O sonho dela agora é que ele comece a falar.Ressignifica Pro Bem
O Ressignifica Pro Bem foi fundado em julho de 2021 por Maria Júlia Fortunato, jovem cuiabana que cursa Medicina em São Paulo, e que reuniu os amigos próximos para formar a diretoria do projeto.
O grupo usa as redes sociais para sensibilizar quem possa contribuir com roupas e alimentos e também para disseminar na sociedade empatia pelo próximo.
“Completamos três anos muito felizes pela contribuição que temos recebido de amigos e pessoas anônimas que acreditam na importância do voluntariado, por estarmos conseguindo ajudar pessoas carentes e muito mais felizes ainda por termos facilitado o acesso do Luiz Fernando ao benefício do INSS por meio da atitude incrível da Dra. Talissa”, declara Maria Júlia.
Para celebrar os três anos de fundação, o projeto realizOU uma ação social neste sábado, 22 de julho, no Jardim Videira, com café da manhã, atividades lúdicas, entrega de alimentos e palestra com a advogada Talissa Nunes justamente sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Serviço
Interessados em contribuir com o Ressignifica Pro Bem podem doar alimentos, participar das ações ou enviar PIX para o CPF 06630335198. Também pode ajudar seguindo o @ressignificaprobem, curtindo e compartilhando os posts.