As aconchegantes praias, que surgem nesta época do ano, nas margens do rio Paraguai, região do Pantanal mato-grossense, estão se tornando verdadeiras armadilhas para ataques de piranhas à turistas e moradores, de Cáceres, distante 220 quilômetros da capital Cuiabá.

     Com o rio bastante baixo, nos últimos dias, seis casos de ataques de piranhas foram registrados nas praias do Daveron e Iate Clube. Os locais, de grande concentração popular, são frequentados por moradores e turistas para fugir do forte calor que castiga a região

     Uma criança de quatro anos e um garoto de nove, além de quatro rapazes, foram as últimas vítimas, no final de semana. A criança e o garoto foram atacados na praia do Daveron, conhecido ponto turístico da cidade, local de concentração do Festival Internacional de Pesca, que acontece todos os anos na cidade.

     A criança tomava banho em companhia dos pais quando teve o pé direito mordido pelo peixe. Caso semelhante aconteceu com o menino. De acordo com a família, o garoto estava na parte rasa do rio, com água na altura do joelho, quando sentiu um choque e saiu correndo já com o dedo sangrando.

    A menina perdeu parte de um dos dedos; já o garoto teve o tampo de um dedo arrancado. Um médico que atendeu o garoto, explicou que, nesta época do ano as piranhas ficam ainda agressivas porque estão em período de reprodução. E, atacam para proteger os filhotes.

     Os rapazes se divertiam na praia do Iate quando foram atacados pelos peixes.  Familiares das vítimas reclamam da falta de orientação e prevenção, por parte do poder público, aos banhistas e turistas.

     “Deveria haver informações alertando para o perigo de entrar na água nesta época do ano. Deveriam alertar sobre o risco de ataques de piranhas” afirmou a mãe de uma das vítimas. A reportagem do site Expressão Notícias, entrou em contato com o Secretaria de Turismo e Cultura, mas ela ainda não se manifestou.

Piranha

     Embora a piranha seja um peixe muito feroz, não parece, à primeira vista um peixe perigoso. A boca é pequena, porém com dentes triangulares, muito afiados. Habitam os leitos dos rios, lagoas marginais e igarapés. A distribuição varia conforme a espécie. A maioria das espécies é carnívora.