A chegada da chuva em alguns pontos de Mato Grosso é um alento para os meses de seca extremas. Mas o volume ainda é desigual ou bem abaixo do necessário. No norte do estado, eletricistas que faziam manutenções preventivas na área rural, se depararam com uma cena difícil. Um tatu-canastra já com poucos reflexos no meio da estrada.
O animal, encontrado no Cerrado, Pantanal e Amazônia, é considerado o maior da espécie no mundo. Cientistas apontam que ele está categorizado como vulnerável pela lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção. O bicho foi flagrado em uma estrada vicinal de Nova Ubiratã.
O eletricista de distribuição, Carlos Henrique Muniz, conta que o animal não tinha mais força sequer para atravessar a via. “Estávamos a 20 quilômetros da cidade. O animal estava muito debilitado, prostrado. Quando chegamos perto, percebemos que estava vivo. Então fizemos a hidratação dele na hora”, contou o eletricista da Energisa.
A equipe conta que aos poucos o animal foi se recuperando e deixado em local seguro. “A gente que roda por todo o estado, vê uma riqueza de bichos de todo o tipo. Mas nesse período as equipes ficam consternadas com os animais que precisam de apoio no caminho”, refletiu o supervisor de operação Lexei Calçada.
Criação de Corixos Antrópicos no Pantanal
A necessidade de água para os animais durante a seca gerou uma grande mobilização no Pantanal. Foram construídos cinco reservatórios de água para hidratação dos bichos e uso da água para combate a queimadas. O projeto foi idealizado numa parceria entre o senador Wellington Fagundes (PR), presidente da Subcomissão do Pantanal no Senado Federal, o deputado estadual Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, a Energisa e o Governo do Estado.