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Operação mira em quadrilha que lucrou R$ 13 mi com tráfico de entorpecentes
Por redação
22/04/2025 - 16:56

Foto: reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Longa Manus na manhã desta terça-feira (22), com objetivo de cumprir 55 mandados contra um grupo criminoso interestadual que lucrou mais de R$ 13 milhões com a venda de entorpecentes em Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá).

Ao todo foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão, 16 ordens de sequestro de valores e 16 medidas cautelares de quebras de sigilos. Os alvos foram localizados em Tangará da Serra, Cuiabá, Várzea Grande, Juara e na cidade de Goiânia (GO).

Os envolvidos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e promover ou instituir organização criminosa. Em apenas 6 meses, os envolvidos movimentaram cerca de R$ 13 milhões.

Participam do trabalho operacional 42 policiais civis das Delegacias de Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Sapezal, Juara, da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), além da Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

 

Investigação

Coordenadas pela 1ª Delegacia de Polícia de Tangará da Serra, as diligências iniciaram em março de 2024, após a prisão de um dos integrantes do grupo pelo crime de tráfico de drogas. Com o aprofundamento das investigações, a Polícia Civil identificou a existência de uma complexa organização criminosa, a qual se valia de empresas de fachadas para lavar o dinheiro proveniente do comércio de entorpecentes em Tangará da Serra.

As empresas de fachadas, dos ramos de joalherias e comércios varejistas de equipamento de comunicação e hortifrutigranjeiros, eram utilizadas para transformar o lucro do tráfico de drogas em valores provenientes de atividades legais. Em seguida, o dinheiro era destinado para membros da organização nas cidades de Cuiabá e Rio de Janeiro (RJ).

 

Longa Manus

O nome da operação faz alusão a uma expressão que significa “braço longo” ou “mão longa”, referindo-se à capacidade de um Estado de exercer poder ou influência além de suas fronteiras. Neste caso, a Polícia Civil, através do “braço estendido” do Estado, demonstra sua habilidade de desarticular e promover o sufoco financeiro de uma organização criminosa interestadual.

A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero contra as facções criminosas, do Governo do Estado, e também os trabalhos da segunda fase da Operação Renorcrim, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (DIOPI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

 

 

 

 

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