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TRE-MT realiza mais de 400 atendimentos no projeto Justiça sem Fronteiras
Por Nara Assis
10/07/2025 - 12:29

Foto: assessoria

Serviços eleitorais passaram pela Agrovila Nova Esperança, em Cáceres, distrito Vila Picada, em Porto Esperidião, e distrito de Santa Clara de Monte Cristo, em Vila Bela da Santíssima Trindade

Ao longo do projeto Justiça sem Fronteiras, realizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foram registrados 409 atendimentos da Justiça Eleitoral, passando por comunidades rurais de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade. A participação do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) ocorreu entre os dias 02 e 08 de julho. Só no último local, no distrito de Santa Clara de Monte Cristo, em Vila Bela, foram 264 atendimentos. 

Do total de 264 atendimentos no distrito de Santa Clara de Monte Cristo, coordenados pela 25ª Zona Eleitoral, nos dias 07 e 08 de julho, 200 foram revisões. Isso significa que pelo menos 200 biometrias foram coletadas e/ou atualizadas na oportunidade. De acordo com a juíza da 25ª Zona Eleitoral, Djéssica Giseli Küntzer, o número de atendimentos superou as expectativas e resultou no aumento de 62% para 64% na cobertura biométrica do município de Vila Bela da Santíssima Trindade.  

“Em especial nessa região, conhecida como Ponta do Aterro, tem uma distância da parte central, dificultando o acesso aos Cartórios Eleitorais. Então, a participação da Justiça Eleitoral é de extrema importância, porque faz com que nós, juízes eleitorais, por meio dos servidores, consigamos chegar numa população um pouco mais carente, com dificuldades de buscarem atendimento no local. A gente foi muito surpreendido de forma positiva com essa busca realmente dos eleitores da zona rural, porque o atendimento foi constante nos dois dias, o que demonstra que os próprios cidadãos estão tendo a consciência da importância, não só do título, mas da biometria, da segurança que ela traz. Encerramos nossa participação com uma satisfação muito grande pelo número de registros e agradecemos ao TJ pela oportunidade”, avaliou a juíza. 

No distrito Vila Picada, em Porto Esperidião (18ª Zona Eleitoral), foram 93 atendimentos, ofertados nos dias 04 e 05 de julho. Deste total, foram 37 alistamentos (1º título), 22 transferências de domicílio e 34 revisões. “Nosso principal objetivo com o mutirão em Vila Picada foi promover a inclusão. Levar os serviços da Justiça Eleitoral até populações rurais e indígenas que enfrentam grandes dificuldades de acesso é essencial para garantir a cidadania de forma efetiva. A atuação dos servidores reafirma nosso compromisso com uma democracia cada vez mais acessível e representativa”, frisou o chefe de cartório da 18ª Zona Eleitora, Gilson Lourenço Ribeiro. 

Os atendimentos eleitorais dentro da iniciativa começaram no dia 02 de julho, na Agrovila Nova Esperança, em Cáceres, sob coordenação da 6ª Zona Eleitoral. Lá, do total de 52 atendimentos, 25 foram alistamentos (confecção do 1º título), 5 transferências e 22 revisões eleitorais. Uma oportunidade única para moradores da região, que fica a 74km da sede do Cartório Eleitoral, sendo que o percurso inclui 1h15min de carro em estrada asfaltada com pequeno trecho em terra até a Escola Estadual 12 de Outubro, onde ocorreu o mutirão. 

A chefe de cartório da 6ª Zona Eleitoral, Daniele Cavalcante Dias, ressaltou a importância da iniciativa, já que o Cartório Eleitoral pôde chegar mais perto da população que mora em sítios e fazendas da zona de fronteira do município. “São pessoas que, muitas vezes, não têm condição de comparecer na sede para tirar o 1º título ou cadastrar a biometria. Os atendimentos foram essenciais também para esclarecer aos bolivianos que compareceram na Escola Estadual 12 de Outubro acerca da impossibilidade de realizarem alistamento eleitoral devido à sua condição de estrangeiros”, explicou. 

O projeto 

Esta foi a primeira edição do projeto Justiça sem Fronteiras, que surgiu como uma resposta para as comunidades que estão distantes da zona urbana e, por isso, possuem mais dificuldades em acessar serviços essenciais ao exercício da cidadania. A escolha das primeiras localidades a serem atendidas levou em conta essa ótica geográfica, social e econômica. A realização é do TJMT, mas a iniciativa conta com a parceria de diversos órgãos.   

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