A Polícia Civil de Mato Grosso flagrou uma tentativa inusitada e audaciosa de burlar a Justiça durante a Operação Desterro, deflagrada nesta quarta-feira (9), em Várzea Grande.
Um dos alvos da ação estava usando a tornozeleira eletrônica de outra pessoa, numa manobra para despistar o monitoramento e continuar agindo livremente.
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa , , desaparecidos em janeiro deste ano.
Maranhenses desapareceram um dia após chegarem em Várzea Grande, no dia 10 de janeiro. (Foto: Reprodução)
A prática, segundo a polícia, demonstra o nível de articulação do grupo, que teria até mesmo cooptado um comparsa para simular o cumprimento das medidas cautelares impostas judicialmente.
Durante o cumprimento dos 13 mandados judiciais, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, e uma arma de fogo foi apreendida.
O responsável por usar a tornozeleira no lugar do verdadeiro monitorado também foi detido.
De acordo com o delegado Rogério Gomes, todos os investigados têm extenso histórico criminal, com passagens por homicídio, tráfico de drogas e envolvimento direto com organização criminosa atuante em Mato Grosso.
O crime
As vítimas, vindas do Maranhão, chegaram em Várzea Grande no dia 9 de janeiro.
No dia seguinte, . Retirados à força do alojamento onde estavam hospedados, no bairro Jardim Primavera, os cinco homens foram levados para outro local.
As investigações indicam que eles foram submetidos ao chamado “tribunal do crime”, torturados e, em seguida, assassinados. Os corpos de dois deles foram localizados no bairro Perinel. Os demais seguem desaparecidos.
A Operação Desterro segue em andamento, e outros alvos permanecem foragidos.