O professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Ernandes Sobreira, destacou na COP30 em Belém (PA) a entrega dos resultados da COP Pantanal, realizada em Cáceres (220 km de Cuiabá) entre os dias 10 e 12 de novembro. O evento reuniu instituições acadêmicas, organizações da sociedade civil e representantes do território pantaneiro para construir um instrumento de defesa do bioma.

Segundo Sobreira, a conferência foi um passo histórico ao garantir que as comunidades locais fossem protagonistas. “A COP Pantanal foi um marco histórico para o Pantanal, em que várias instituições se organizaram e se juntaram para fazer um documento que refletisse o que o pantaneiro quer e o que o pantaneiro faz”, afirmou.

A iniciativa envolveu a Unemat, o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), o Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), a empresa Impact Hub e a Prefeitura Municipal de Cáceres, além de outras entidades parceiras. “Ficamos três dias reunidos, discutindo, debatendo e falando sobre o Pantanal como um todo”, relatou.

O resultado do encontro foi a construção da Carta do Pantanal, já disponível para consulta pública. O professor explica que o documento reúne diagnóstico e diretrizes para o futuro do bioma. “Ela traz as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças para o Pantanal. Nossa intenção é que chegue às mais altas instâncias para que a gente possa fazer política pública efetiva”, ressaltou.

Sobreira reforça que preservar o Pantanal significa proteger vidas, cultura e modos de existência. “Nós precisamos que essas pessoas vivam no Pantanal e continuem perpetuando a sua cultura e as suas ações”, finalizou.