O jornalista Rafael Costa, repórter da Folha do Estado, viveu momentos de terror nas mãos de três assaltantes durante um sequestro relâmpago ocorrido na tarde de ontem. Quando saia de casa, por volta das 14hs, no bairro Alvorada, os bandidos o renderam e o obrigaram a entregar a direção do carro. Em seu próprio veículo, o Gol modelo G5(2010), com preta, quatro portas, placa NJV-3425, o jornalista foi levado para uma estrada vicinal cortada pela MT-010, de acesso ao distrito de Nossa Senhora da Guia. Rafael contou que o bandido que apontou a arma para sua cabeça assumiu a direção do carro e entregou o revólver para um dos comparsas, que passou a ameaçá-lo. Enquanto estava sendo levado para o local onde seria abandonado, recebeu ordens para não olhar para eles, sob pena de ser morto. Se tentasse pedir ajuda ou pronunciasse uma única palavra também poderia receber um tiro na cabeça. Os piores momentos, porém, ele diz que viveu quando os ladrões entraram na estrada de chão, à esquerda da rodovia (no sentido Cuiabá-Guia) e alguns quilômetros depois do clube da Encomind. “Fiquei muito nervoso porque senti que poderia ser morto a qualquer instante”, relata. Um dos ladrões sugeriu tirar o cadarço do tênis de Rafael para amarrá-lo em uma árvore. Entretanto, o bandido que dirigia o carro não concordou, alegando que esse procedimento demandaria muito tempo. O mesmo assaltante também discordou da proposta de levar o jornalista até agências bancárias para fazer saques com cartões. “Não temos tempo, precisamos desse carro agora”, disse o condutor, dando a entender que precisaria do veículo para alguma ação urgente, que poderia ser a prática de outros crimes. Em uma área desabitada, distante da rodovia, recebeu ordens para descer do carro sem olhar para os ladrões, que fugiram levando o carro, o celular e R$ 50. Os documentos pessoais e cartões de crédito, Rafael pediu que deixassem e foi atendido. A pé, o jornalista caminhou pela estrada até conseguir carona em um caminhão na rodovia. Caminhou mais uns dois quilômetros até chegar em um ponto de ônibus, onde encontrou três mulheres para as quais disse que havia sido assaltado e que precisava de ajuda financeira. Foi com o dinheiro doado por elas que retornou para sua casa. O jornalista observa que mora no mesmo endereço, no Alvorada, há 19 anos, sem jamais ter ouvido falar que alguma casa ou pessoa tenha sido assaltada na rua onde mora. Além de registrar BO pelo 190, da Polícia Militar, Rafael Costa formalizou queixa na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos(Derfv). Como o carro não dispõe de seguro contra roubo ou danos e não é quitado, ainda tem várias prestações do financiamento que fez para adquiri-lo. Rafael está pedindo empenho da polícia e auxílio dos amigos e pessoas que possam vir a reconhecer seu Gol circulando pelas ruas ou rodovia do estado. O pedido dele é para que informe a polícia pelo 190.