Sindicatos repudiam declarações de economista
Por assessoria
29/04/2013 - 14:20
NOTA DE REPÚDIO
Os sindicatos e associações que abaixam assinam, repudiam as declarações dadas por economista contratado pela AMM em parceria com a Assembleia Legislativa de MT ao afirmar em estudo sobre planejamento de desenvolvimento, que um dos principais gargalos do Estado é a questão do aumento das despesas com a folha de pagamento dos servidores públicos estaduais.
Essa falácia denigre a imagem dos servidores junto à sociedade e desvia o foco dos verdadeiros motivos de tal crise, a saber:
1. Incentivos fiscais concedidos sem nenhum acompanhamento, e sem a mínima transparência à sociedade;
2. Falta de apuração dos retornos sociais de tais “incentivos fiscais”;
3. Excesso de cargos comissionados nos órgãos públicos, sendo em sua maioria ocupados por pessoas sem qualquer qualificação e experiência técnica, muitos respondendo processos criminais e com passagem pela polícia;
4. Contratação de pessoas em empresas terceirizadas para fazer função de servidores efetivos, que além de ser oneroso ao erário, também contribui para o déficit da previdência do Estado (FUNPREV);
5. Amadorismo nas gestões dos órgãos e descontinuidade de trabalho em setores estratégicos, aliados a falta de um sistema rígido de estatísticas no Estado para detectar os principais problemas sociais a serem combatidos, desperdiçando recursos públicos;
6. Falta de fiscalização adequada nos processos licitatórios como no caso dos maquinários, por exemplo;
7. Falta de transparência nos pagamentos dos precatórios;
8. Centralização de poder e falta de fiscalização em relação à Conta Única do Estado, favorecendo a corrupção e formação de quadrilhas que roubam milhões dos cofres públicos;
9. A vinda da Copa 2014 à Cuiabá, compromisso assumido pelos governantes da época, mesmo tendo ciência de que o Estado não tinha recursos suficientes para tais despesas, pois sabiam perfeitamente da situação tributária do Estado, fazendo assim que Mato Grosso desse um “passo maior do que a perna”.
Na opinião do Fórum Sindical, esses de fato, são os verdadeiros motivos de nosso Estado e seus órgãos estarem numa situação de sucateamento sem precedentes, afetando inclusive os repasses às prefeituras.
A folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, de todos os poderes, injeta na economia de Mato Grosso, mais de R$ 250.000,00 por mês, o que movimenta o comércio e as empresas de serviços, e consequentemente, volta aos cofres públicos por meio de tributos, pois são esses setores que realmente repassam os impostos devidos ao Estado.
Dessa forma, quem realmente gera empregos no Estado e movimenta a economia, são os trabalhadores que aqui gastam seus salários, quer seja servidor público, quer seja funcionários de empresas privadas.
SINTEP-MT
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