A sessão ordinária da última segunda-feira, 09, foi marcada pela despedida do vereador Nilomar Cunha (PSD), atual suplente, que ocupou por 05 meses a vaga de um titular da cadeira. Para o parlamentar, essa sua presença no legislativo mirassolense foi de grande importância em sua vida pessoal, a qual chegou aquela Casa, graças ao apoio de seus amigos. O ex-vereador agradeceu ao Presidente da Câmara, Laércio Alves, pela confiança dizendo, que ele desempenha seu papel com nobreza, desejando aos pares da Casa que façam um bom trabalho e “que não se esqueçam que eles estão ali pela vontade do povo, e para servir ao povo que os elegeu, colocando-os primeiro lugar”. O ex-vereador também registrou a indignação e tristeza por perceber a ingratidão e perseguição com que foi acometida quando, segundo ele, tentou fazer tudo certo, mas infelizmente à vaidade de certas pessoas e a ganância pelo poder não permitiu que ele fizesse mais pela cidade. “Não sou político, entrei na política somente para apoiar essa cidade a qual escolhi para morar, mas infelizmente o caminho do bem é sempre o mais difícil”. A injustiça acontece de todos os modos na política, as mesmas pessoas que se beneficiaram da minha eleição, foram as que me apunhalaram pelas costas. Descobri que na política é assim: ou você entra no fogo e faz o que eles querem, ou você é destruído. De algumas ações realizadas, ele destacou: A tentativa de trazer o Campus da FAIPE, a qual provocou uma reunião entre Coordenador da Faculdade, Senhor Evandro Echeverria, o Senhor Marcos Crepaldi, Secretaria de Educação, Vereadores e o Prefeito, onde esse último, segundo ele, por “melindres”, não deu segmento a essa importante chance para o município. Que em outra reunião com a direção da Brf Brasil Foods (Perdigão), Vereadores e o Prefeito, para assuntos pertinentes a solução de problemas referente a reparos e sinalização no trajeto de veículos pesados que transportam produtos oriundos daquela industria, maior geradora de empregos do município. “Naquele dia, a direção da Perdigão pediu apoio ao Prefeito, para que desse uma melhorada naquela rodovia que liga a cidade até o pólo industrial, onde em alto e bom tom esse se comprometeu, e findo quatro meses, nada foi feito, ou seja, mais um blá, blá, blá dos poetas não publicados”, desabafa o ex-vereador. Esse fato gerou o Ofício nº 013/2013, que tratou de descumprimento de ordens por parte de subordinado, ou seja, mesmo o Gestor ter dado ordens ao Secretário de Obras, nada foi feito, deixando claro que a forma de estabelecimento de mensagens entre o Chefe do Executivo e seus subordinados não estão clara. Que essa indústria Brf recebe visita de compradores da União Européia, Cuba, Israel e países árabes, e a rodovia encontra-se em péssimo estado de conservação, e a Perdigão apóia a cidade tendo construído uma creche no Distrito do Sonho Azul. Sobre esse Secretário de Obras, outro Ofício, de nº 016/2013 ao Prefeito dando conta da falta de comprometimento com a sociedade, uma vez que é cobrada dos munícipes uma taxa para ligação de rede esgoto no valor de R$ 150,00, que deveria ser essa usada para a reconstituição do asfalto, após a execução do serviço prestado, onde não eram feitas. Que no mês de julho Nilomar Cunha foi favorável ao repasse de cerca de cinco mil reais mensais para a Casa da Criança, a qual até o presente momento tal verba ainda não foi destinada, sendo que Quatro Marcos cumpre esse dever, preocupado com jovens vulneráveis. Ofício nº 003/2013 acerca da internação do Senhor Adilson Roberto, vulgo Filhinho, portador de Esquizofrenia, onde realiza tratamento em hospital psiquiátrico, a qual o parlamentar solicitou a garantia de internação por tempo indeterminado, no Hospital Adalto Botelho (Centro de Referência em Saúde Mental de Cuiabá). Ali, ele soube da existência de uma Lei Federal que trata esse assunto como desospitalização, ou seja, cada município cuida de seus doentes, onde ele observou a falta desse tipo de acompanhamento em nosso município. O ex-vereador disse que assinou diversos ofícios em conjunto ou sozinho denunciando irregularidades observadas, tais como: Bens públicos em área privada; relação trabalhista de diárias entre patrão e empregado, de empresa ganhadora de licitação (adesão a pregão), a qual a empresa apenas ofertava a mão de obra e os bens de apoio pesado eram os públicos, etc.; que ele votou favorável à revogação do decreto que transformava uma Avenida em Rua, por entender que esse assunto é autonomia da Câmara. Nilomar Cunha disse que perdeu o mandato de vereador, mas não perdeu a coerência das suas convicções, onde promete continuar lutando por uma política mais honesta. No momento certo, ele pedirá a desfiliação do Partido PSD por sentir-se usado, ignorado e pressionado a apoiar aquilo que achava ser errado, até mesmo quando lhe pediram para ceder a vaga de vereador para outro suplente; que não era convidada para reuniões e decisões importantes e, ainda tendo percebido que algumas ações não condiziam com suas ideologias. - Ouvi um dia uma frase de um integrante do Rotary que dizia: “Dar de si antes de pensar em si”. Esse lema tentei levar para meu trabalho como vereador. O ex-vereador conclui dizendo que deixa o cargo a ele conferido, agradecendo a Deus pela oportunidade de trabalho, aos colegas pelo companheirismo, ao povo mirassolense pela confiança. Feliz e a nação cujo Deus é o Senhor!