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Cáceres:servidores decidem voltar ao trabalho
Por assessoria
11/09/2013 - 10:23

Foto: arquivo
Em Assembléia Geral realizada ontem, 10, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), os trabalhadores da prefeitura de Cáceres decidiram voltar ao trabalho a partir de hoje, 11, cumprindo decisão da Justiça, que ameaçou a categoria com o corte do ponto. A decisão pelo retorno venceu por minoria de voto. Durante o ato, o presidente do SSPM, Claudiney Lima, revelou que o advogado do Sindicato Wagner Leite estava em Cuiabá agravando a decisão da desembargadora Marilsen Andrade Addario, do último dia 5, que determinou o corte do ponto. Lima afirmou que o advogado vai pedir a reconsideração da decisão, sustentando que ela não poderia ser proferida antes do julgamento do mérito da decisão da peça inicial feita pelo desembargador Pedro Sakamoto que considerou o movimento ilegal. Os servidores ficaram em greve por 18 dias. Durante a Assembléia, a secretária geral do Sindicato leu um oficio do prefeito Francis Maris que ao invés de atender o percentual reivindicado pela categoria, 37%, diminui a proposta feita na semana passada. Agora, ao invés de 12,36% para serem pagos a partir de julho de 2014, a administração oferece 6% para serem pagos no primeiro semestre do próximo ano se uma data precisa. O diretor técnico do Sindicato Fábio Lourenço afirmou que a proposta além de ser um retrocesso nas discussões, desrespeita a comissão paritária formada para tratar do assunto por sugestão do próprio prefeito. Lourenço explicou que a comissão composta inclusive pelos secretários de Planejamento, Leandro Xavier e de Finanças, Odiner de Sá, já tinha uma proposta elaborada com a previsão do reajuste de 37% para ser pago em parcelas quadrimestrais a partir do ano que vem. Seria 4% em Janeiro, 10% em Maio, 10% em Setembro e 13% em Dezembro. 'Ele está tentando confundir a opinião pública e desmobilizar o movimento. Os 6% ele terá que dar de qualquer forma para todo mundo a partir de janeiro em função da correção das perdas salariais', completou. A secretária Elina Monteiro reforçou que a reivindicação da categoria é para o ano que vem e será paga conforme a capacidade do município. Ela alertou que a previsão do aumento precisa estar na Lei Orçamentária Anual (LOA), para 2014. O presidente do SSPM criticou a atitude da atual administração por desrespeitar mais uma vez a categoria ao ignorar a pauta de reivindicações. 'Ele não mencionou as horas extras e a melhoria das condições de trabalho', disparou. O vigia Dênio Souza e as professoras Ana Antônia e Sandra Maria Neto, também criticaram a prefeitura que ao invés de dialogar com a categoria procurou a Justiça. Dênio pediu aos colegas que continuem lutando pela melhoria dos salários e condições de trabalho. Já a professora Sandra, conclamou os companheiros a continuarem denunciando os desmandos e a falta de respeito dos atuais gestores. Por sua vez a professora Ana Antônia, reafirmou o que disse durante a manifestação que fechou a Ponte Marechal Rondon no último dia 30. 'Temos um prefeito Pinóquio', disparou criticando ainda a Justiça que segundo ela mais uma vez agiu contra os trabalhadores. Em relação a isso, o presidente do SSPM, demonstrou preocupação com a lentidão da apuração das denuncias feitas ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre o uso de bens públicos em um evento particular supostamente feito pela secretária de Educação Nelci Longhi. Lima revelou que se o MPE não agilizar a questão, o SSPM será obrigado a levar a denuncia a corregedoria do órgão em Cuiabá.
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