Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
A inacreditável obra de Rondon
Por Por Wilson Campos
13/09/2013 - 09:40

Foto: arquivo
Muitos leitores não compreendem o gigantismo da obra do Marechal Rondon, que levou o presidente Teodore Roosevelt, dos EUA (1904 - 1912), a exclamar para o mundo: "Nunca vi, nem conheço obra igual". E olha que o gringo construiu o Canal do Panamá. O nosso Steve Jobbs da época tornou-se, com menos de 40 anos, uma lenda viva! Era impressionante a curiosidade que Rondon, ainda jovem, despertava em todo o Brasil e começava a ganhar fama internacional. É, com certeza, o brasileiro mais homenageado de todos os tempos no Brasil e no exterior. A admiração por Rondon era tanta que, em 6 de fevereiro de 1910, o carnaval foi interrompido para saudar a chegada do "Guerreiro da paz" ao Rio de Janeiro. Rondon foi convidado pelos dois grandes partidos de MT, em 1918, a ser o governador do Estado por consenso, intimado pelo governador do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, e pelos comandantes do Exército no Sul do País a liderar a Revolução de 1923. Disse não aos dois convites. Cândido Mariano trabalhou em varias frentes: linhas telegráficas, inspeção e demarcação das nossas fronteiras internacionais, na política de proteção e promoção dos índios e como cientista. Linhas telegráficas: foram mais de 4000 km, ligando a região do Alto Araguaia a Manaus e seus ramais, cumprindo um projeto estratégico nacional, projetado desde 1880. Trabalhou com os índios: Rondon conheceu, conviveu, ensinou, aprendeu, protegeu e pacificou mais de 20 nações indígenas, dentre as quais, bororos, parecis, bakairis, nhambiquaras, barbados,quepi-queri-uats, pauatês, tacuatés, ipoti-uats, urumis, ariquemes, jarus, urupás, caripunas, parintintins, botucudos e caingangues. Como cientista, coletou quase 8000 exemplares na área da botânica, 6000 na zoologia, descobriu minas de sulfeto de ferro, ouro, diamantes, manganês, gipsita e mica. Assinalou a existência de poaia, erva mate e castiloa. Colaborou extraordinariamente na geologia, geografia, etnografia, antropologia, sociologia,cartografia (fez as Cartas de MT e de navegação do Brasil) e outras áreas do conhecimento. Durante 4 meses (1913/1914), foi protagonista, ao lado presidente Teodore Roosevelt, da Expedição Roosevelt-Rondon, uma das mais impressionantes missões científicas,na Amazônia. Depois de alguns anos, Roosevelt indica Rondon para o prêmio Nobel da Paz. Com toda essa imensidão de trabalho prestado, Rondon assumiu a Diretoria de Engenharia do Exército, onde ficou por 5 anos. Em 1924, foi nomeado para sua "mais dificil missão": combater, no Paraná e em Santa Catarina, a Coluna Prestes. Em 1927, foi nomeado para o comando dos serviços de inspeção e demarcação de nossas fronteiras internacionais. É dele a frase "do Oiapoque ao Chui", pois, simplesmente andou, a pé, a cavalo, em automóvel, de trem e de barco, um total de 17.316 km. O pantaneiro, que tem seu nome gravado em ouro maciço nos EUA, que é um dos 24 heróis nacionais, indicado 3 vezes para o Prêmio Nobel da Paz, merece,no mínimo, do Governo do seu Estado natal, a conclusão do seu memorial em Mimoso, seu genêsis. WILSON SANTOS é professor e ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos.
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