Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Joanna e Divaldo
Por por Nestor F. Fidelis
19/09/2013 - 13:41

Foto: arquivo
As redes sociais nos trazem significativas oportunidades de contatos, de aproximação e esclarecimento, se bem utilizada for. Pois bem, Divaldo Franco concedeu uma excelente entrevista à renomada jornalista Marcia Peltier, que nos motivou a compartilhar trechos interessantes no facebook. Ao ler o que foi postado, um amigo lançou um comentário-pergunta: “Se Jesus para se fazer entender utilizava parábolas, por que esse senhor usa linguagem acessível a poucos? Linguagem esta discriminatória aos homens de poucas letras - a grande massa - que poderia através de seu inquestionável conhecimento difundir ainda mais o espiritismo”. Recebemos a situação como uma oportunidade de esclarecimento, razão pela qual transcrevemos aqui (com naturais correções gramaticais) o que, pelo aparelho de telefone celular, registramos na rede social. “Sua opinião, como qualquer outra, merece respeito. Joanna de Ângelis, que é quem escreve por meio "desse senhor", e que atualmente é a autora mais lida da doutrina espírita livre das mistificações que infelizmente permeiam as obras tão volumosamente lançadas, diz que a doutrina espírita é, em primeiro lugar, uma doutrina e, por isso mesmo, convida seus adeptos a elevar sua cultura. Ela escreveu uma série de livros mais técnicos, conhecida como série psicológica, na qual reforça o papel da psicologia transpessoal como instrumento seguro no processo de reforma íntima e de efetivo encontro com a felicidade de que somos merecedores. Além disso, trata-se de um Espírito que foi cristã desde os tempos de Jesus, valendo considerar que, ainda hoje, cristãos verdadeiros e que vivem o Cristianismo 24 horas por dia, com obras de promoção do ser humano em sua integralidade, como Divaldo Franco, são incompreendidos. Ela também teve participação fundamental para os rumos do Cristianismo, quando viveu em Assis, na Itália, dando seu total apoio a Francesco Bernardone, vindo a fundar o Convento de São Damião, onde foi criada a Ordem das Irmãs Clarissas, quando foi conhecida como Clara (de Assis). No séc. 18, ela foi a primeira mulher escritora da língua latina, quando viveu na Terra como a Soror Juana Ines de la Cruz, no México, talvez desabrochando nessa época sua vocação literária. No Brasil, como Joana Angélica de Jesus, foi mártir da Independência, merecendo destaque na história e no Museu do Ipiranga, pois salvou inúmeras freiras brasileiras dos ataques de guardas portugueses, em Salvador/BA, no ano de 1822. Vem acompanhando e orientando o mister de Divaldo Franco desde antes de sua atual reencarnação, sobretudo nas explanação do Evangelho e na tarefa da psicografia, pois já são mais de 200 livros publicados e traduzidos para diversas línguas. Divaldo, que tem um carinho especial com Mato Grosso, por onde passa arrasta multidões. Aqui em Mato Grosso, desde 1962 fala com o coração quase que anualmente. Mantém há mais de 60 anos a Mansão do Caminho, obra de assistência e promoção social que atende a três mil pessoas a cada dia. Viaja em suas pregações por todo o Brasil e pelo mundo, há décadas, renunciando ao conforto doméstico, porque somente passa poucos dias do ano em Salvador, nada obstante já tenha quase 90 anos... e uma jovialidade de dar inveja em muitos jovens de 20, 30, ou 40 anos. Trata-se de um senhor que entregou sua vida à divulgação do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, chamado por Chico Xavier de "o trator de Jesus", pela capacidade de tocar e arrebatar as pessoas por meio de seu verbo flamívolo e estimulante para o desenvolvimento prático das virtudes, valendo considerar a importância de refletirmos sobre o real alcance das parábolas de Jesus. Reflexionar sobre Divaldo e Joanna é sempre um convite para que eu olhe para dentro de mim mesmo e me inspire em exemplos de entrega incondicional ao bem, ao bom e ao belo, a fim de que logre cumprir meu propósito existencial... e nada melhor do que estes dois vultos do amor realizado para nos estimular. Enfim, se logrando ser lido, ouvido, admirado e imitado por milhões, dizer que ele usa fala discriminatória e inacessível aos homens de poucas letras me afigura como uma opinião que merece respeito, mas também minha fraternal discordância, sobretudo porque ele faz as pessoas deixarem de ser considerados de poucas letras, eis que alfabetiza crianças e adultos, e convida os letrados à transformação moral para melhor. Não é sem motivo que esse senhor é chamado de Semeador de Estrelas, não se importando que existam, ainda, solos pedregosos pelo caminho”. Nestor Fernandes Fidelis
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