O reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), professor Adriano Silva, oficializa, hoje, 20, sua filiação ao PP. O ato acontece a partir das 19h30 no plenário da Câmara Municipal. O evento, aguardado com expectativa, deve reunir lideranças progressistas locais e regionais. Informações de bastidores são de que vários professores, líderes comunitários e representantes de clubes de serviços devem migrar para a legenda acompanhando o reitor para o novo projeto político. Adriano deixa o PMDB após 14 anos. A filiação acontece depois de longa costura política, envolvendo lideranças regionais e municipais, visando às eleições de 2014. Reconhecido em várias regiões do Estado, principalmente, pelo trabalho desempenhado na direção da Unemat e, sobretudo, pelo livre trânsito no governo, ele é apontado como um dos poucos pré-candidatos, com reais condições de eleger-se deputado estadual, pelo município. A saída do reitor do PMDB se deve a, pelo menos, dois fatores. Primeiro pelo clima desfavorável devido a pretensão da cúpula do partido, em lançar mais de um pré-candidato. Lideranças regionais sugerem à pré-candidatura do ex-deputado e atual secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), José Lacerda Filho. Adriano nunca concordou com essa possibilidade. Depois, pelos nomes considerados expressivos da sigla que estarão na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele acredita que, pelo PP, terá melhores condições de se eleger. A princípio o reitor relutou em deixar o PMDB, principalmente, em razão do companheirismo dedicado ao governador Silval Barbosa - maior liderança do partido -, a quem nutre profunda gratidão, pela credibilidade e confiança à ele depositada pelo chefe do executivo estadual, nos últimos três anos, frente a Unemat. Silval teria pedido para que ele permanecesse no partido. A filiação, praticamente, sela a polarização dos dois principais pré-candidatos à deputado estadual pelo município: o reitor Adriano Silva pelo PP e o médico Leonardo Albuquerque, pelo PSD. A pré-candidatura de Leonardo, já foi inclusive, lançada no dia 28 de junho, durante reunião do partido na residência do suplente de vereador Luiz Alberto Vargas. Candidatura tem apoio de Francis “Independente de que partido estiver vou apoiá-lo. O meu compromisso com ele é pessoal”. A afirmação é do prefeito Francis Maris Cruz (PMDB) ao se referir a pré-candidatura a deputado estadual, do reitor Adriano Silva que, na sexta-feira, deixa o PMDB, para se filiar ao PP. O prefeito mantém o posicionamento assumido, anteriormente, em reconhecimento, a dedicação e sacrifício do reitor, que chegou a se abdicar de sua candidatura, em favor da de Francis, na campanha de 2012. “É um compromisso pessoal que pretendo mantê-lo” disse, deixando claro que não irá apoiar o pré-candidato do PMDB, nas eleições de 2014. O partido do governador Silval Barbosa acena com a possibilidade de lançamento da pré-candidatura do ex-deputado e atual secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), José Lacerda Filho, a qual teria deixado estremecido o relacionamento interno entre os dirigentes. E, também uma das razões da saída do reitor da sigla. O palanque de Adriano, durante a campanha, contará com as duas maiores autoridades políticas do município. Além do prefeito Francis Maris, que mesmo no PMDB garante que o estará apoiando rumo a Assembleia Legislativa, o presidente da Câmara, vereador de quatro mandatos Alvasir Alencar, abriu mão de sua pré-candidatura em detrimento à de Adriano. Desprovido de vaidade, Alencar disse estar preparado para concorrer, no entanto, aponta o reitor como um nome forte, levando em consideração o trabalho que ele tem realizado, na direção da Unemat em todas as regiões do Estado. O presidente da Câmara ressaltou que a cidade polo da região oeste não pode correr o risco em ficar sem nenhum representante na Assembleia Legislativa. “Há mais de 20 anos, Cáceres não tem um deputado estadual, nesse momento estamos unindo força para que a cidade saia do marasmo, não podemos mais uma vez correr o risco de não elegermos um representante” e completou “a condição de Cáceres é de apenas dois representantes, mas há outros muitos candidatos e isso não é bom, a nossa meta é sensibilizar a população a se unir nesse momento tão importante”. Ambos estão confiantes nas eleições. O reitor da Unemat aposta suas fichas no trabalho desenvolvido frente à instituição, em várias regiões do Estado, onde a Unemat dispõe de campus, como Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Sinop, Sorriso, Alta Araguaia, entre outros. “Creio que estamos fazendo um trabalho de excelência voltado a Educação superior em todas as regiões do Estado. E, isso nos credencia a pleitear essa condição” enfatiza. Por outro lado, a confiança de Leonardo está intrinsicamente ligada à sua aceitação popular por ocasião do último pleito, onde concorreu ao Executivo e, apesar de ter sido derrotado, obteve 21.318 votos. Menos de 300 do candidato eleito Francis Maris, que somou 21.630 votos. “A população reconhece o meu trabalho. Prova é o número de votos que obtive na eleição passada, sem maiores recursos” salienta. Também acena com a possibilidade de concorrer a uma cadeia na Assembleia Legislativa o vereador Tarcísio Paulino (PSB). Com uma população de aproximadamente 90 habitantes, e cerca de 65 mil eleitores, o município de Cáceres, está há, pelo menos, 26 anos, correspondente a 6 legislaturas, sem eleger um único representante na Assembleia Legislativa. As últimas eleições foram dos ex-deputados Ninomyia Miguel e José Lacerda Filho, em 1996. Eleitos pela região, como o deputado Airton Português, Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, são dos municípios de Araputanga, Reserva do Cabaçal e Pontes e Lacerda, respectivamente.