Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Pedro Henry deve renunciar ao mandato de deputado federal
Por Romilson Dourado/RDNews
04/12/2013 - 09:05

Foto: arquivo
Diferente de muitos condenados pela Justiça, que fogem da reclusão, Pedro Henry está angustiado porque não foi ainda para a cadeia. Ele disse a amigos que não tem outra alternativa e, por isso, quer logo começar a cumprir a pena de 7 anos e 2 meses por envolvimento no mensalão, maior escândalo político do país que explodiu no primeiro mandato do governo Lula. Está nesta angústia talvez porque se tornará um presidiário privilegiado. No semiaberto, o médico-anestesista e empresário com rede de clínicas poderá trabalhar durante o dia, inclusive para si próprio. Só ficará atrás das grades à noite. Henry pode ser levado por agentes federais para a cadeia na próxima semana. Assim como fez com vários outros condenados no mensalão, o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, precisa encerrar o processo de Henry, certificando o chamado trânsito em julgado (o fim), após negar ao deputado o recurso conhecido como embargo infringente. Daí, expedirá mandado de prisão. Henry quer se entregar de imediato. Depois, já avisou que renunciará ao mandato. Alega que não quer passar por novos constrangimentos e fala em preservar a família. A renúncia é provincial. Ele sabe que não terá apoio dos colegas, ainda mais com a decisão do Congresso de fazer votação aberta no plenário da Casa. Se vier a ser aprovado um novo pedido de perda da cadeira, seria o terceiro de Henry na Câmara. Ele enfrentou processo e conseguiu sobreviver no mandato, primeiro por participar do mensalão e, depois, por suspeita de ligação com a máfia dos sanguessugas. Henry nem parece aquele deputado articulador, líder da bancada do PP e com forte influência no Palácio do Planalto. Não comparece mais às sessões. Ele é membro da comissão de Seguridade, mas não discursa no plenário da Câmara desde 2009. Encerra a carreira política desmoralizado perante a opinião pública, mas jurando inocência e com discurso de injustiçado.
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