Licitada, obra do canil de farejadores será iniciada em Cáceres
Por Diário de Cáceres
09/06/2012 - 09:19
Obra licitada e com o dinheiro já disponível, a construção do canil para cães farejadores deve começar a ser construído em Cáceres nos próximos dias. O local disponibilizado foi um espaço localizado no terreno que abriga o Centro Integrado de Segurança e Cidadania.
O projeto inicial, que com o passar do tempo poderá ser ampliada, prevê a construção de 16 baias. O Estado já possui policiais treinados para trabalhar com os cães.
Eles serão empregados na área de fronteira, para o combate ao narcotráfico, principalmente.
O projeto é antigo, explica o juiz criminal Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cáceres. Ele buscou apoio em todos os meios possíveis, e ganhou total respaldo das lojas maçônicas de Cáceres, que por duas vezes foram a Cuiabá e mantiveram reuniões com o governador Silval Barbosa. "A força deste segmento foi imprescindível"-afirma o juiz.
A notícia da licitação foi confirmada na sexta-feira pelo secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda.
Os segmentos que apoiam o projeto deverão agora novamente procurar o governo e pedir que a obra comece de imediato, pois é considerada de extrema importância para Cáceres e região.
A capacidade de um cão farejador:Graças às extraordinárias capacidades sensoriais do cão, em particular a do olfato, o animal pode ser utilizado em tarefas muito variadas, algumas delas, realmente, inesperadas. Assim, existem cães farejadores, meteorologistas e, até, geólogos. Alguns estão sendo treinados para encontrar obras de arte roubadas outros, em grande número para detectar drogas camufladas em bagagens e cargas.
O prodigioso olfato do cão tem sido uma das características destes animais mais utilizadas pelo homem há séculos. O seu sentido olfativo é, surpreendentemente, cerca de mil vezes superior ao dos seres humanos. Portanto, tenta-se aproveitar eficazmente esse maravilhoso órgão biológico de detecção, o nariz do cão.
A idéia de se utilizar os cães para a detecção de tóxicos, remonta à época da guerra do Vietnã durante a qual, o consumo de heroína entre os soldados norte-americanos causou graves problemas.
O cão rastreador deve ter várias qualidades. Deve ser um bom cão cobrador, dar provas de ter uma grande resistência física e estar dotado de potentes qualidades olfativas. Também deve sentir paixão pela brincadeira, pois esta é a base do treinamento. Depois de ter aprendido a responder à chamada do dono, andar a passo, sentar-se e ficar quieto, o jovem cão aprende as primeiras lições especializadas brincando com a droga... mas sem que isso acarrete algum problema para a sua saúde.
Em um saco de nylon introduzido num tubo de PVC, um dos materiais mais duros, coloca-se um pouco de maconha. O tubo em questão, tampado nas suas extremidades e com minúsculos buracos, é envolvido numa folha de poliuretano e depois em um tecido de algodão, para que se pareça o mais possível, com os brinquedos para cão. Acostumado ao cheiro da droga, o cão deve encontrar o seu brinquedo favorito escondido de uma maneira cada vez mais difícil; nos assentos, nos faróis ou no filtro de ar de um automóvel.
Para o cão, o rastreamento é apenas uma excelente ocasião para brincar com o dono.
Mesmo quando a droga estiver numa caixa hermeticamente fechada, através do material desprendem-se moléculas de ar portadoras do seu odor, e mais ainda se o pacote esteve numa atmosfera com a temperatura muito alta. O cão experiente pode, inclusive, detectar a droga num lugar tão insuspeitável como por baixo de 30 centímetros de azeite, numa cisterna de água ou um saco de especiarias. Na alfândega dos aeroportos, por exemplo, o cão explora a uma velocidade incrível, qualquer equipamento, pacote ou veículo.
Os traficantes de drogas, assim que constataram a eficácia deste novo método de busca, experimentaram diversos meios para despistar o cão. E a busca perdeu eficácia durante um tempo devido à pimenta, aos alhos, à cebola ou às bombas de mau cheiro.., com que se impregnavam os objetos que levavam a droga. Mas os treinadores organizaram cursos mais complexos para acostumar o cão a todos esses odores até torná-lo quase infalível.
As duas raças de cães que os profissionais preferem são o Pastor Alemão, de treinamento fácil e flexível, utilizado peles polícia e pelas alfândegas, e o Retriever do Labrador dotado de um faro excepcional, uma robustez a toda a prova e uma excepcional paixão na busca. Na realidade, trata-se menos de raças particulares do que de um tipo de cão. Os "farejadores", estão dotados de um olfato incomparável e sabem utilizá-lo. Em certos casos prefere-se o Labrador porque é um animal resistente e de tamanho menor que o Pastor Alemão. Introduz-se mais facilmente pelos celeiros e pelos sótãos. Sociável, brincalhão e hábil, o Labrador é um cão doce, equilibrado e muito receptivo.
(informações site Dog Times)