Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Manifestações de rua
Por por Antonio Padilha de Carvalho
15/02/2014 - 09:43

Foto: arquivo
Os atos infracionais praticados por jovens ainda menores aumentaram aproximadamente 80% nos últimos dez anos, enquanto que os crimes praticados por maiores de 18 anos vêm diminuindo nesse mesmo período, estes são os dados estatísticos que estão gritando sem serem ouvidos. Informações como essa, que levou o promotor de Justiça Thales de Oliveira, que atua na Vara da Infância e Juventude de São Paulo, a afirmar que essa situação evidencia a necessidade do endurecimento das punições a adolescentes. Ele é favorável à redução da maioridade penal para 16 anos. Desde a definição dessa idade penal aos 18 anos, o jovem brasileiro mudou muito, houve uma evolução da sociedade e hoje esses adolescentes ingressam mais cedo no crime, principalmente o mais violento. Segundo o Promotor de Justiça, sua experiência, somada a dados estatísticos, evidencia que, a partir de 16 anos, há um ingresso mais forte na criminalidade violenta, associada a práticas como latrocínio e homicídio. Nas idades entre 13 e 15 anos os casos (de crimes mais violentos) ainda são exceção. Thales de Oliveira ressaltou que, ao contrário do que se costuma imaginar, os adolescentes infratores não são apenas usados por quadrilhas criminosas em razão de sua inimputabilidade, mas já assumem as organizações, liderando muitas delas. Exemplo da exploração da juventude para atos de baderna e vandalismo está vindo à tona, onde fortes suspeitas de grupos e partidos de extrema esquerda, estão financiando a violência. O advogado Jonas Tadeu Nunes, que assumiu a defesa dos ativistas que lançaram o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, afirma abertamente que seus clientes foram aliciados e manipulados por grupos políticos que financiam a participação de jovens em manifestações. Sem citar as siglas partidárias, ele diz que a polícia não deve dar por encerradas as investigações apenas por conta das prisões de Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, existe muita coisa ainda a ser investigada. São palavras do Advogado: - Estive com quatro jovens que vivem amontoados num cômodo, recebendo dinheiro para alimentação e passagens de aliciadores. Esses grupos agem como células e a base nem sabe quem está por trás da fonte de financiamento. Jovens com baixa instrução e de famílias pobres, que vão perder suas liberdades enquanto os verdadeiros culpados, os aliciadores, vão continuar livres. Esses são os verdadeiros responsáveis por desgraçar a vida do cinegrafista e desses jovens. Esse aliciamento tem que parar - disse o advogado, que mais cedo, em entrevista à Globonews TV, afirmou que eles recebem R$ 150 por cada manifestação para praticar atos de vandalismo. Jonas acrescenta que Caio não tem dinheiro para comprar máscaras ou mesmo os fogos usados nos protestos. Segundo o advogado, o rapaz levava marmita para o trabalho, andava com o dinheiro da passagem contado e teve que vender o celular para comprar a passagem para ir à casa do avô paterno, no Ceará. Em entrevista à GloboNews TV, o advogado diz que ônibus iam buscar esses rapazes, e acrescentou que há um esquema de pirâmide e que os pagamentos eram feitos por ativistas. — Quando esses jovens chegam às manifestações, têm outras pessoas que entregam rojões, máscaras e equipamentos. Na verdade, todos nós sabemos quem está por trás desses atos violentos, orquestrando toda essa baderna, financiando e municiando os nossos jovens para praticidade de crimes, bastando apenas o poder público, amealhar as necessárias provas para então começar a efetivação da justiça. Precisamos dar nomes aos bois, às vacas, aos mascarados, aos vermelhos, aos violentos covardes que se escondem atrás de siglas partidárias radicais e grupos inconsequentes. Por outro lado, o matemático e filósofo alemão Edmund Husserl, acredita que a consciência se define essencialmente em termos de intenção voltada para um objeto. Desse modo todo aquele que pratica uma ação é senhor de suas vontades para que a ação tenha curso, pois tem o praticante da ação intenção consciente do que está sendo praticado. Doutro modo, seria o indivíduo um ser alienado de si em relação ao mundo do qual faz parte ou do qual pretende fazer parte. Portanto, alegar pobreza e necessidade material para cair no canto da sereia-partidária-violenta, é pura conversa fiada. *ANTÔNIO PADILHA DE CARVALHO, geógrafo cuiabano, é especialista em Educação e Filosofia
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